O balanço positivo da 76ª Exposição Nordestina de Animais, encerrada neste domingo (12), deixou produtores animados com as perspectivas do setor para o próximo ano. Os números ainda não foram concluídos, mas a movimentação de dinheiro na feira superou os R$ 30 milhões previstos e o público cresceu mais de 20% em relação ao ano anterior. Entre expositores, criadores e visitantes, mais de 350 mil pessoas passaram pelo Parque do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, estima a Sociedade Nordestina dos Criadores (SNC).
“Nossa avaliação é espetacular. A gente está vendo a retomada do crescimento da pecuária em Pernambuco. Isso está latente”, explica Rodrigo Lobo, diretor da SNC. Juntos, os leilões de cavalos quarto de milha, cavalos campolina e de ovinos e caprinos faturaram mais de R$ 1,6 milhão. A melhora na seca e a expectativa de uma chuva maior no próximo ano ajudou e houve crescimento na aquisição de animais até por produtores do Sertão, região que vinha sofrendo maior impacto no rebanho com a falta de águas.
Leia Também
- Termina neste domingo a 76ª Exposição Nordestina de Animais
- Movimento intenso nos primeiros dias da 76ª Exposição de Animais
- Exposição de Animais traz experiências da fazenda pra toda a família
- Começa a 76ª Exposição de Animais no Cordeiro
- Campeões terão prêmio em dinheiro na Exposição de Animais
- Exposição de Animais começa em plena retomada da pecuária
“A perspectiva de 2018 é de uma melhora muito maior do que a desse ano. Muito criador este ano já fez sua reserva de alimentação e de água para esperar o próximo inverno. Por isso houve muito incremento na área de máquinas, na área de incremento agrícola e de sementes”, explica Lobo, para quem o setor está em ebulição. “Já estamos tratando da exposição do próximo ano. Fui procurado por diversos expositores querendo garantir sua vaga em 2018. Eles pagam adiantado para garantir que estarão na feira porque esse ano foi muito bom”, adianta.
Foco nas famílias
A SNC acredita ter alcançado também o objetivo de direcionar a exposição de animais para as famílias. Matheus, de 11 anos, fez questão de tirar a mãe, Rafaela Oliveira, de casa, em Aldeia, para ver os animais. “Gosto de vir para cá porque é divertido conhecer os animais”, ele conta. Para a mãe, a feira é importante para ensinar as crianças sobre os animais.
É o que acredita Gilene Silva de Sá, de Jardim São Paulo, que levou o filho Luiz Augusto, de 10 anos, para a exposição. “Em Recife a gente não tem animais assim para ficar vendo. A gente mora em apartamento e ele não tem contato com esses bichos”, descreve. Luiz diz que gostou de ter visto o rebanho tão de perto. “É bem interessante. Eles são grandes. Alguns tem aspectos diferentes do outro, como a altura, o que eles comem. É muito legal”, contou.