Na Região Metropolitana do Recife (RMR), dos dez itens com maior variação de preço em novembro deste ano, sete foram tipos de carnes bovinas, segundo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação, divulgado nesta sexta-feira (6). A variação acumulada das carnes neste ano é de 17,25% para a RMR e de 12,15% para o Brasil.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta de 8,09% no preço das carnes foi o item que mais influenciou a inflação oficial do Brasil. O período de coleta dos dados foi entre 29 de outubro e 27 de novembro.
As carnes que mais sofreram aumento acumulado no Grande Recife neste ano, desde janeiro até novembro, foram o filé mignon (30%), contrafilé (16,5%), costela (16,35%), acém (14%) e pá (14%).
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Entre outubro e novembro, as carnes obtiveram uma variação mensal de 5,6% na RMR, muito superior ao aumento do Índice Geral também da região, que chegou a 0,14% no mês de novembro. Uma variação de quase 40 vezes maior. As carnes que sofreram maior aumento no mês foram: Patinho (8,1%), costela (6,9%), pá (6,4%) e acém (6,4%). A carne de porco teve aumento de 3,84%.
Pescados
Na contramão das carnes, os pescados apresentaram baixo índices de aumento ou até queda no preço no mês de novembro. Os pescados tiveram variação mensal de 0,94% em novembro. O camarão teve queda de 2,5%, o peixe-pescada teve queda de 2,41%, a sardinha teve queda de 1,6% e o peixe castanha aumento de apenas 0,94%.
Preços
Segundo apuração da editoria de Economia do Jornal do Commercio , o quilo da costela no Recife passou de R$ 11,99 para R$ 19,99; coxão subiu de R$ 24,99 para R$ 37,99; o patinho, que custava R$ 27,99, agora é encontrado por R$ 34,99. Já o tão querido filé mignon passou de R$ 45 para R$ 65. Com preços mais salgados, os churrascos das festas de fim de ano estão ameaçados. Os cortes mais disputados, como bananinha (R$ 29,99), fraldinha (R$ 32,99) e picanha (R$ 44,99) estão ficando esquecidos nas prateleiras.
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