Orçamento

Do sebo ao parcelamento: veja como economizar no material escolar

Associação afirma que material escolar está até 8% mais caro do que em 2019

MARÍLIA BANHOLZER
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MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 13/01/2020 às 14:04
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Associação afirma que material escolar está até 8% mais caro do que em 2019 - FOTO: Foto: Bobby Fabisack/JC Imagem
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Matrícula, fardamento, livros didáticos, material escolar. O mês de janeiro é dispendioso para quem tem filhos que ainda estudam. Para este ano, a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima alta de 8% nas papelarias. Por isso, planejamento tem sido a palavra-chave para os pais que tentam economizar neste início de ano.

Na última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, divulgada em 2019, as despesas com educação representavam, em média, 4,7% do orçamento familiar do brasileiro. Entre os biênios 2007-2008 e 2017 e 2018, esse gasto cresceu 56%. Para aliviar o peso no orçamento, pesquisar os preços e antecipar as compras têm sido boas alternativas.

Outra saída muito escolhida pelos pais são as feiras livres de livros usados, também conhecidas como sebos. O movimento é crescente e, segundo os comerciantes, o fim do mês de janeiro é quando os sebos ficam lotados. A culpa é da mania do brasileiro de deixar tudo para última hora.

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Pesquisar e comprar com antecedência

Mas esse não é o caso da analista de departamento pessoal Jeniffer Gleicy, mãe de Rafael (7) e Gabriel (12). Os três já foram à caça das promoções e de tentar trocar os livros usados. "Eu fiz troca de dois livros do 6º ano por um do 7º ano, também estou pesando os preços dos livros usados e até agora só comprei um livro novo", conta Jeniffer.

Segundo ela, só na lista de livros de um dos filhos, em nove exemplares, ela gastaria cerca de R$ 1.741, se pago no cartão de crédito. Com pagamento à vista, ficaria por R$ 1.654. "Infelizmente, tem livro que a gente não encontra no sebo, nem usado nem novo. Aí tem que ir para as livrarias, que acabam sendo mais caras", comenta Jeniffer Gleicy.

Foi o que aconteceu com o casal Evandro Alves e Nídia Paula. Eles têm três filhos, dois no Ensino Infantil e um no Ensino Fundamental. Eles dizem que preferem comprar livros novos, para evitar o trabalho de apagar as respostas do livro usado. No entanto, também procuram economizar nas compras.

"No ano passado, comprei no sebo, onde também tem livro novo, lacrado. Mas ficaram faltando alguns e acabei tendo algumas dificuldades. Este ano vim logo cedo para garantir e mesmo assim já teve coisa que não achei no sebo e tive que vir para livraria procurar", relata Nídia Paula, que trabalha como enfermeira.

O marido dela, Evandro, revela que os gastos somente com livros e material escolar dos três filhos somam mais de R$ 2 mil, mesmo tentando economizar. "Infelizmente quem quer oferecer uma educação de qualidade paga caro no Brasil. Para sentir menos o prejuízo, a gente precisa se planejar durante o ano, porque já sabe que vai ter esse gasto em janeiro", lamenta Evandro, que é socorrista do Samu.

Livraria parcela em até 12x

A diretora de negócios e marketing do Varejão do Estudante, Carolina Tavares, orienta que os pais não deixem para fazer as compras muito próximo do dia da volta às aulas. Segundo ela, com a alta da procura, as lojas ficam cheias, o que torna o momento das compras conturbado. Ela ainda ressalta que os preços dos livros didáticos sobem de acordo com as tabelas apresentadas pela editoras, que este ano estão entre 5% e 8% mais caras do que em 2019.

“Na nossa loja, trabalhamos com a tabela do preço da editora. Então, acompanhamos o que eles determinam no mercado. Mas os pais que vão às compras antes têm parcelamentos mais extensos e mais facilidade de achar todos os livros", explica Carolina. Para a diretora de negócios do Varejão do Estudante, muitos pais também têm recorrido às compras online, por causa da comodidade. Outros gostam de manter a tradição de ir à loja para efetuar a compra. "Tem ainda quem compre pela internet e venha à loja para buscar. Como se fosse para ter certeza do que está comprando", lembra Carolina.

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