A incorporadora recifense Moura Dubeux Engenharia estreia nesta quinta-feira (13), às 9h, na Bolsa com o código MDNE3. A construtora conseguiu precificar sua oferta pública inicial (IPO) em R$ 19, dentro da faixa entre R$ 17 e R$ 21, prevista durante o período de reserva de ações, que terminou na última sexta-feira (7). Com esse valor, a empresa vai levantar R$ 1,25 bilhão.
A empresa é comandada pelos irmãos Marcos, Aluísio e Gustavo Dubeux. O dinheiro levantado vai para o caixa da empresa e cerca de 2/3 desse montante será destinado ao pagamento de dívidas. A empresa foi fortemente afetada pela crise do setor imobiliário e tem cerca de R$ 1,2 bilhão em obrigações a cumprir. Com a abertura de capital, a MD pretende melhorar a sua atuação e passar a lançar novos empreendimentos no segmento luxo. Com o restante do dinheiro levantado em Bolsa, a empresa pretende comprar novos terrenos e reforçar o caixa.
MITRE
Na semana passada outra construtora iniciou a negociar ações na Bolsa, a Incorporadora Mitre, que teve um bom desempenho em seu primeiro dia de operações, fechando em alta de 7,77%, cotada a R$ 20,80. Durante a tarde desta quarta-feira (12), os papéis da companhia operavam em baixa a R$ 20,12.
Para a casa de análises Eleven, as ações da Mitre seriam mais interessantes que a da Moura Dubeux, entre outras razões, porque a primeira opera no mercado de São Paulo, que experimenta uma recuperação de emprego e vendas do setor em relação ao mercado do Nordeste, foco da pernambucana Moura Dubeux.
A companhia recifense informa que é líder nos mercados mais estratégicos da região Nordeste, com unidades lançadas nas 5 regiões metropolitanas. As incorporações e revendas de imóveis representaram 79,7% da receita operacional bruta em 2018, contra 96% registrada em 2017. A receita bruta operacional totalizou R$ 491 milhões em 2018 ante R$ 696,2 milhões em 2017, uma variação negativa de 37,3%.