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POUSOS E DECOLAGENS

Nos bastidores do controle de tráfego aéreo

Recife concentra o maior fluxo de pousos e decolagens do Nordeste e o oitavo do País

Mona Lisa Dourado
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Mona Lisa Dourado
Publicado em 01/09/2019 às 12:57 | Atualizado em 13/04/2020 às 0:47
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Recife concentra o maior fluxo de pousos e decolagens do Nordeste e o oitavo do País - FOTO: Foto: Mona Lisa Dourado/JC
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Por volta do meio-dia de uma quarta-feira, o movimento na torre de controle do Aeroporto Internacional do Recife é intenso. Três profissionais se revezam nas orientações aos pilotos e na identificação visual de pelo menos cinco aeronaves que chegam e partem naquele momento, numa sinfonia frenética em que desafinar não é permitido.

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Localizada em uma dos pontos mais estratégicos do País, pela proximidade com a Europa e a África, a capital pernambucana concentra o maior fluxo de pousos e decolagens do Nordeste e o oitavo do País. Somando os voos comerciais regulares, os de jatos privados e os militares, a cidade registrou 92.577 operações em 2018. Os dados são do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), cujas atividades a coluna foi conhecer na última semana, a convite do órgão e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Entre o “senhores passageiros, preparar para a decolagem” e o “tripulação, portas em manual”, indicando que o avião já está com os motores desligados em solo, há uma complexa rede envolvendo centenas de profissionais e muita tecnologia de ponta para garantir o vaivém de viajantes em segurança.

Somente no Cindacta III, responsável por monitorar uma área de 2,5 milhões de km2 em parte do Nordeste e mais 10,9 milhões de km2 no Oceano Atlântico, são 2.140 funcionários, entre civis e militares. Quando se considera, além das partidas e aterrissagens, também as aeronaves que apenas cruzaram os céus sob controle do Cindacta III, foram 321 mil voos acompanhados no ano passado, 4% a mais que em 2017.

Os controladores que trabalham nas torres dos aeroportos são os mais conhecidos, mas não são os únicos a guiar o comandante. Na verdade, eles saem de cena assim que perdem contato visual com o avião. A partir daí, a aeronave vira um círculo com números e dados na tela de um controlador do centro de aproximação, a quem cabe organizar a fila de aviões que aterrissam e decolam (nessa ordem de prioridade).

Quando o avião está em altitude de cruzeiro, passa a receber instruções de outro profissional, de um centro de controle de área. Na descida, a ordem se inverte, e todo o ciclo recomeça, sem que o passageiro recostado na poltrona faça a mínima ideia do que se passa nos bastidores. Melhor assim!

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