A Fifa notificou, nesta quinta-feira (21), a Federação de Futebol do Marrocos por permitir que Noureddine Amrabat voltasse a campo, pela Copa do Mundo da Rússia, cinco dias depois de ter sofrido uma concussão cerebral. Na última sexta-feira (15), o meia foi diagnosticado com a lesão na partida de estreia contra o Irã, pelo Grupo B.
A recomendação da Fifa é que, nos casos de concussão, os jogadores fiquem de repouso por, pelo menos, seis dias. Amrabat voltou a ação cinco dias depois e participou do duelo da última quarta-feira, contra Portugal. Os lusos venceram por 1x0.
No comunicado em que repreendeu o tratamento dado ao atleta, a Fifa disse levar muito a sério responsabilidade no que diz respeito às concussões em partidas de futebol. Também destacou que a entidade marroquina colocou em risco a vida do atleta. Apesar de ter voltado a campo antes do prazo determinado, Noureddine Amrabat atuou durante todo o duelo contra os lusos, sem sentir aparentemente nada.
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Os médicos do Marrocos terão de responder à Fifa pela atitude incompatível com a regra vigente.
MAIS CRÍTICAS
Quem também se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido foi o Sindicato Mundial dos Jogadores de Futebol Profissionais (FIFPro). A entidade questionou o tratamento dado ao caso e a conduta médica da delegação marroquina. Após Noureddine Amrabat se chocar com Amiri, ele foi ao chão, ficou desorientado por alguns minutos e recebeu tapas no rosto de um dos médicos. "O futebol não progrediu o suficiente na gestão das concussões cerebrais", denunciou o sindicato.
O médico do Marrocos, Abderazzak El Hifti, porém, assegurou na ter respeitado "ponto a ponto" as recomendações da Fifa.