Por mais que a Fifa tenha afirmado nesta quinta-feira que o relatório Garcia não comprovava casos de corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022, a Federação Alemã (DFB) ressaltou que ainda existem "questionamentos" sobre a realização da competição.
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"Se Hans-Joachim Eckert (presidente da Câmara de Julgamento da Comissão de Ética da Fifa) conclui que não houve influência comprovada na atribuição do Mundial, aceitamos o voto favorável ao Catar por 14 a 8", admitiu o presidente da DFB Wolfgang Niersbach.
O dirigente lembrou, no entanto, que "independente do relatório, ainda restam alguns questionamentos continuam em aberto, em termos de clima, de programação e de condições de trabalho no Catar".
Mais cedo, Eckert afirmou que os atos irregulares evidenciados no relatório do ex-procurador americano Michael Garcia "são de alcance muito limitado" e "longe de alcançar um nível que implique retornar ao processo, ainda menos reabri-lo".
Niersbach lembrou, porém, que, além das acusações de corrupção no processo da escolha da sede, numa eleição conturbada organizada em 2010, a Copa do Mundo de 2022 gera muita polêmica por causa das altas temperaturas no Catar, que podem chegar a 50 graus nos meses de junho em julho, em que a competição costuma ser organizada.
Para 'driblar' este problema, a Fifa deu a entender várias vezes que pretendia levar a realização do torneio para o inverno, em novembro-dezembro ou janeiro-fevereiro, em que a temperatura é mais amena.
O Catar também precisa lidar com denúncias de trabalho escravo na construção dos estádios da Copa.