Copa do Mundo

Dirigente alemão diz que escolha do Catar para a Copa de 2022 foi um erro

A decisão final sobre as datas da competição será tomada numa reunião do Comitê Executivo marcada para os dias 19 e 20 de março, em Zurique

Da AFP
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Publicado em 10/03/2015 às 16:30
Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
A decisão final sobre as datas da competição será tomada numa reunião do Comitê Executivo marcada para os dias 19 e 20 de março, em Zurique - FOTO: Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
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O alemão Theo Zwanziger membro do Comitê Executivo da Fifa, continua achando que atribuição da organização da Copa do Mundo de 2022 ao Catar foi um "erro absoluto", alegando em entrevista a uma rádio do seu país que havia "candidatos melhores".

O ex-presidente da federação alemã confirmou que tem a intenção de se pronunciar a favor da realização da competição em inverno, por causa do forte calor do verão catariano, mas insistiu que "a melhor solução seria que o Mundial não aconteça no Catar".

A decisão final sobre as datas da competição será tomada numa reunião do Comitê Executivo marcada para os dias 19 e 20 de março, em Zurique.

"A questão da programação vai provocar ira, frutração e resistência", ressaltou Zwanziger em entrevista à rádio Bayern 2.

No fim do mês passado um grupo de trabalho da Fifa recomendou que o torneio seja organizado nos meses de novembro e dezembro de 2022, e não em junho e julho, como acontece normalmente.

A decisão foi polêmica, porque as novas datas colocam a competição no meio da temporada dos clubes europeus, principais fornecedores de atletas para a Copa.

Zwanziger também voltou a pedir a publicação na íntegra do relatório Garcia, que investiga acusações de corrupção na atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar.

Se esse relatório tivesse sido publicado, talvez as federações nacionais tenha tido a coragem de dizer: chega, agora, vamos fazer uma proposta (de alternativa ao Catar) no congresso da Fifa", lamentou o alemão.

Responsável pela investigação, o procurador americano Michal Garcia pediu demissão em dezembro, ao alegar que a comissão de ética da Fifa fez uma apresentação "parcial e equivocada" das conclusões do seu relatório.

Além do calor e das suspeitas de corrupção, o Catar também é alvo de acusações de trabalho escravo na construção de infraestruturas para a Copa.

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