Copa América

Anfitrião Chile ameaça favoritismo de Brasil e Argentina na Copa América

Além das oito seleções sul-americanas, o México e a Jamaica participam do torneio, como convidados

Da AFP
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Publicado em 09/04/2015 às 15:53
Foto: Rafael Ribeiro/ CBF
Além das oito seleções sul-americanas, o México e a Jamaica participam do torneio, como convidados - FOTO: Foto: Rafael Ribeiro/ CBF
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Em busca do título inédito na Copa América, o Chile tentará soltar o grito de campeão pela primeira vez em casa, daqui a dois meses, mas terá a concorrência dos sempre favoritos Brasil e Argentina, que buscam redenção, e de uma seleção colombiana em plena ascenção.

País mais vitorioso da competição, com 15 títulos, o atual campeão Uruguai também precisa ser encarado com cautela, apesar da ausência de Luis Suárez, suspenso por conta da mordida no italiano Chiellini durante a Copa do Mundo no Brasil.

A 44ª edição da Copa América será realizada dos dias 11 de junho a 4 de julho, em nove estádios espalhados em oito cidades chilenas.

Além das oito seleções sul-americanas, o México e a Jamaica participam do torneio, como convidados.

A 'Roja' chilena tentará acabar com o tabu graças a uma geração talentosa, que deu um tremendo sufoco no Brasil nas oitavas de final do último Mundial, perdendo apenas nos pênaltis depois de acertar o travessão nos acréscimos da prorrogação.

As duas seleções voltaram a se enfrentar no fim do mês passado, em amistoso disputado em Londres, e o Brasil foi novamente dominado, mas levou a melhor ao vencer por 1 a 0, com um belo gol de Roberto Firmino num contra-ataque. 

A equipe chilena conta com jogadores que se destacam em grandes clubes europeus, como o atacante Alexis Sánchez, do Arsenal, o meia Arturo Vidal, da Juventus, e goleiro Claudio Bravo, do Barcelona.

"A Copa América é como uma dívida da seleção como o povo chileno. O Chile precisa desse título. Com esta geração, podemos, pelo menos, brigar para ganhar o troféu", afirmou o técnico argentino da 'Roja', Jorge Sampaoli, em entrevista recente ao jornal espanhol Marca.

 

- Corrida contra o relógio -

Antes de enfrentar o Equador no dia 11 de junho, para o jogo de abertura, o Chile terá outro desafio pela frente: entregar a tempo as instalações do evento, que recebe pela sexta vez (a última foi em 1991).

Atrasos na entrega dos estádios de Concepción, Viña del Mar e La Serena mantém as autoridades chilenos sob o olhar atento da Conmebol. Ainda há certa preocupação em relação a terremotos, em um dos países com a maior atividade sísmica no mundo.

O ambiente da Copa América já começa a dar o ar da graça pelas ruas das cidades do país, com vários anúncios publicitários fazendo referência à competição. Praticamente todos os ingressos disponibilizados online já estão esgotados.

O Chile não é o único a correr atrás do primeiro título na Copa América. Venezuela e Equador também tentarão acabar com o tabu, embora tenham chances muito remotas, apesar do bom desempenho dos venezuelanos na última edição (chegaram às semifinais).

Os grandes favoritos são Brasil e Argentina, que tentarão saldar dívidas de um passado recente.

Para os comandados de Dunga, o desafio é reconstruir a equipe depois do desastre da Copa do Mundo, embora o técnico já tenha deixado claro que pretende priorizar as eliminatórias do próximo Mundial, que começam logo em seguida.

"A Copa América será importante, é um torneio oficial. No entanto, o nosso foco está nas eliminatórias. O nível cresceu e é uma competição longa. Teremos um caminho árduo pela frente", Dunga em dezembro.

Nada poderá apagar o vexame do 7 a 1, mas a canarinha tentará reconquistar a confiança da torcida. 

Nos amistosos pós-Copa, mostrou que está no caminho certo ao somar oito vitórias em oito jogos, quatro delas diante de adversários sul-americanos, Colômbia (1-0), Equador (1-0), Argentina (2-0) e Chile (1-0), além de um triunfo expressivo por 3 a 1 sobre a França, em pleno Stade de France. 

 

- Neymar, Messi e James em alta -

No total, foram 18 gols marcados, e apenas dois sofridos na nova era Dunga,  com ótimas atuações de Neymar, que herdou a braçadeira de capitão de Thiago Silva.

Já a Argentina tentará se redimir do vexame que deu, também em casa, na última edição da Copa América, quando foi eliminado nas quartas de final. No Brasil, ficou perto do título, mas perdeu por 1 a 0 para a Alemanha na final, no Maracanã.

"Estamos vindo de um Mundial em que faltou muito pouco para alcançar a glória, e isso nos dá motivação para chegar mais fortes para o que vem pela frente", avisou o craque Lionel Messi, em entrevista à revista oficial da Associação do Futebol Argentina.

Quem também chega com força para a competição continental é a Colômbia, que está no grupo do Brasil (o C). Artilheiro do último Mundial, quando os 'cafeteros' chegaram às quartas de final, o meia James Rodríguez acaba de voltar de lesão, depois de desfalcar o Real Madrid por dois meses.

Sem James, a Colômbia venceu com facilidade amistosos contra os inexpressivos Bahrein (6-0) e Kuwait (3-1), o que ajudou o artilheiro Radamel Falcao García a recuperar a confiança, em meio a uma temporada complicada no Manchester United.

O Uruguai não poderá contar com Suárez, mas aposta na solidez defensiva, com a dupla formada pelo veterano Diego Godín e o jovem José María Giménez, ambos do Atlético de Madri.

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