A promotoria da Suíça não pretende, no momento, interrogar Joseph Blatter, presidente da Fifa, como parte das investigações abertas por lavagem de dinheiro e corrupção dentro da entidade, anunciou um porta-voz oficial.
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"No momento, não está previsto fazer o senhor Blatter prestar depoimento", afirmou o porta-voz da promotoria em um e-mail enviado à AFP. A Fifa se viu abalada na quarta-feira por um terremoto depois da detenção em Zurique de sete dirigentes suspeitos de corrupção, às vésperas da celebração de seu congresso anual.
Estas pessoas, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram detidas a pedido da justiça americana, que indiciou 14 suspeitos no total.
A sede da Fifa também foi revistada, como parte de uma investigação judicial sobre o processo de escolha das sedes das próximas Copas do Mundo: Rússia (2018) e Catar (2022).
A investigação começou em março, mas só foi anunciada na quarta-feira por "razões de processo penal e de eficácia", segundo as autoridades americanas.
Nove dirigentes ou ex-dirigentes da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo foram indiciados por corrupção, chantagem e lavagem de dinheiro pela justiça de Nova York, acusados de receber ou distribuir mais de 150 milhões de dólares desde 1991.
Depois de manter silêncio durante toda a quarta-feira, Blatter divulgou um comunicado à noite.
"É um momento difícil para o futebol, os fãs e a Fifa", afirmou. "Tais comportamentos não têm cabimento no futebol e vamos garantir que os envolvidos serão banidos do jogo", completou.
Blatter tentará na sexta-feira ser eleito para o quinto mandato à frente da Fifa, uma entidade rica e influente, mas que é marcada por uma série de escândalos desde o início da presidência do suíço, em 1998.
O chanceler francês, Laurent Fabius, defendeu nesta quinta-feira o adiamento da eleição na Fifa.