O vice-presidente da Federação Inglesa de futebol, David Gill, escolhido pela Federação Europeia de Futebol (Uefa) para ocupar uma das vice-presidências da Federação Internacional de Futebol (Fifa), rejeitou assumir a função depois da reeleição de Joseph Blatter para a presidência da entidade.
Em nota, o inglês disse que a medida foi motivada pelos “terríveis acontecimentos” ocorridos na última semana. "Não tomei esta ação de ânimo leve, mas os terríveis acontecimentos dos últimos três dias convenceram-me de que não era apropriado para ser membro do comité executivo da Fifa com a direção atual", diz Gill.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou, na última quarta-feira, nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa por associação criminosa e corrupção. De acordo com o órgão, os crimes investigados foram praticados nos últimos 24 anos, e movimentou, por meio de pagamento de suborno, mais de US$ 151 milhões, cerca de R$ 465 milhões.
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Entre os acusados, estão dois vice-presidentes da Fifa, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, e que é também presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (Concacaf), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).
Os outros dirigentes presos e indiciados são o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José María Marín, membro do comitê da Fifa para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Cayman.
Os investigados foram suspensos pela Fifa de todas as atividades ligadas ao futebol. A acusação surge depois de o Departamento de Justiça dos EUA e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, em um hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da Fifa.