O presidente da comissão de auditoria da Fifa, Dominico Scala, apresentou nesta quinta-feira (10) um plano de reformas em oito pontos, que prevê, entre outras medidas, estabelecer um limite de três mandatos de quatro anos para o presidente da entidade.
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Scala, que também é presidente da comissão eleitoral, já havia apresentado este plano ao comitê executivo, no dia 20 de julho, e ao advogado suíço François Carrard, presidente da comissão de reformas.
"A limitação do acúmulo de mandatos é o ponto mais importante", enfatizou o dirigente.
A ideia de limitar os mandatos também vale para os membros do comitê executivo.
"Eu já tinha falado isso no momento da última eleição (em maio), Joseph Blatter nunca deveria ter se candidatado para um quinto mandato", lembrou Scala.
Blatter acabou sendo reeleito, mas colocou o mandato a disposição quatro dias depois, sob forte pressão internacional, em meio ao maior escândalo de corrupção da entidade.
Às vésperas da eleição, sete altos dirigentes da Fifa foram presos na Suíça, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Blatter continua no cargo até a eleição do seu sucessor, marcada para o dia 26 de fevereiro, no congresso em que as propostas de reforma da comissão Carrard serão submetidas a votação.
Scala também sugeriu um controle reforçado e centralizado da integridade dos membros atuais do comitê executivo, e da eleição dos membros do comitê executivo no congresso da entidade, que reúne todas as 209 federações nacionais.
O regulamento atual prevê que os 24 membros deste comitê executivo são apontados pelas seis confederações. Apenas o presidente é eleito durante o congresso.
O dirigente também quer tornar públicas as remunerações do presidente, dos membros do comitê executivo e do secretário-geral, além de criar um sistema de " dupla governança".
O comitê executivo teria representantes dos clubes, e terá seu poder contrabalanceado por um comitê de direção.
Há 17 anos no cargo, Blatter não é o único que permaneceu por muito tempo à frente da entidade. O francês Jules Rimet, principal responsável pela criação da Copa do Mundo, foi presidente por 33 anos (1921-1954) e o brasileiro João Havelange 24 (1974-1998).
