Demissão

Jerôme Valcke não é mais secretário-geral da Fifa

Entidade alegou que tomou conhecimento de uma "série de alegações" contra o dirigente

Da AFP
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Publicado em 17/09/2015 às 16:50
Foto: Danilo Borges / Portal da Copa ? 18-02-2014 / Fotos Públicas
Entidade alegou que tomou conhecimento de uma "série de alegações" contra o dirigente - FOTO: Foto: Danilo Borges / Portal da Copa ? 18-02-2014 / Fotos Públicas
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Conhecido por ter sugerido que o Brasil leve um "chute no traseiro" para acelerar os preparativos da Copa do Mundo, o francês Jerôme Valcke foi demitido do cargo de secretário-geral da Fifa, anunciou a entidade nesta quinta-feira (17), alegando que tomou conhecimento de uma "série de alegações" contra o dirigente.

"Jerôme Valcke foi demitido com efeito imediato, até nova ordem. A Fifa tomou conhecimento de uma série de alegações envolvendo o secretário-geral, e pediu para que uma investigação oficial seja realizada pela Comissão de Ética da Fifa", explicou a organização que rege o futebol mundial em um comunicado.

Mais cedo nesta quinta-feira, a imprensa inglesa noticiou suspeitas do envolvimento do dirigente num esquema de venda ilegal de milhares de ingressos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

No momento em que estourou o mega-escândalo de corrupção da Fifa, em maio, Valcke chegou a ser acusado de transferir 10 milhões de euros em contas de Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, como retribuição da África do Sul por ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010.

O francês negou as acusações, alegando que o dinheiro era destinado a programas de desenvolvimento do futebol no Caribe.

Em março de 2012, o dirigente protagonizou uma enorme polêmica no Brasil com a declaração polêmica do "chute no traseiro", que desencadeou várias reações políticas no país e levou o presidente da Fifa, Joseph Blatter a visitar a Dilma Rousseff em Brasília para colocar panos quentes.

O anúncio da demissão de Valcke aconteceu poucas horas depois de outra notícia bombástica: a aprovação pela justiça para a extradição de o uruguaio Eugenio Figueredo ex-vice-presidente da entidade, detido num hotel de luxo maio, junto com outros seis altos dirigentes da Fifa.

Esta decisão inédita significa que o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, também preso na Suíça, igualmente corre risco de ser extraditado nas próximas semanas.

No total, 14 pessoas foram indiciadas, nove altos dirigentes da Fifa e cinco empresários do ramo do marketing esportivo.

De acordo com a investigação americana, o esquema de corrupção movimentou cerca de 150 milhões de dólares nos últimos 25 anos.

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