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Escândalo da Fifa: Suíça bloqueia US$ 80 mi em contas de cartolas

No dia 17 de dezembro, a OFJ já havia adiantado que os fundos bloqueados somavam entre 50 e 100 milhões de dólares

Da AFP
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Publicado em 30/12/2015 às 15:45
Foto: Ricardo Stuckert/CBF
No dia 17 de dezembro, a OFJ já havia adiantado que os fundos bloqueados somavam entre 50 e 100 milhões de dólares - FOTO: Foto: Ricardo Stuckert/CBF
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A justiça suíça bloqueou cerca de 80 milhões de dólares em 13 contas bancárias, a pedido dos Estados Unidos, cumprindo acordo de colaboração na investigação do escândalo de corrupção da Fifa, informou a Oficina Federal da Justiça (OFJ) de Berna.

No dia 17 de dezembro, a OFJ já havia adiantado que os fundos bloqueados somavam entre 50 e 100 milhões de dólares.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira (30), o órgão também explica que transmitiu à justiça americana "os primeiros elementos de prova pedidos para o processo penal contra altos dirigentes da Fifa".

Tratam-se de documentos sobre contas na Suíça em que teriam transitado propinas pagas pela obtenção de torneios organizados na América Latina e nos Estados Unidos.

A OFJ também lembrou a situação dos 9 cartolas presos em Zurique, nos dias 27 de maio e 3 de dezembro, no mesmo hotel de alto luxo, sempre a pedido da justiça americana.

Quatro deles aceitaram ser extraditados para os Estados Unidos, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que cumprindo prisão domiciliar em Nova York desde o dia 2 de novembro, enquanto aguarda o julgamento. 

Os outros três são Jeffrey Webb (Ilhas Caimã), que já foi vice-presidente da Fifa, o paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, e Eduardo Li, ex-presidente da Federação Costarriquenha.

Já Eugenio Figueredo, predecessor de Napout à frente da Conmebol, foi extraditado da Suíça para seu país, o Uruguai, no dia 24 de dezembro.

Quatro dirigentes ainda estão presos na Suíça, e continuam rejeitando a extradição: Julio Rocha, ex-diretor de desenvolvimento da Fifa e ex-presidente da Federação do Nicaragua, o britânico , ex-assessor de Jeffrey Webb, Rafael Esquivel, ex-presidente da Federação da Venezuela, e o hondurenho Alfredo Hawit, membro do Comitê Executivo da Fifa.

A OFJ também explicou que os Estados Unidos solicitaram informações sobre o caso ISL, que foi arquivado em 2010, com acusações contra Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e João Havelange, ex-presidente da Fifa.

Ambos eram suspeitos de receber propinas da empresa de marketing ISL-ISMM, que acabou indo à falência, em troca dos direitos de transmissão da Copa do Mundo.

O órgão aceitou que investigadores americanos viajem à Suíça para participar da seleção de documentos do caso.

No total, são cerca de 50 pastas "atualmente examinadas pela OFJ, para avaliar a utilidade para o processo americano".

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