Marco Polo Del Nero não terá de se preocupar, pelo menos por enquanto, com os valores de restituição exigidos pela Fifa aos dirigentes acusados por corrupção no período em que faziam parte da entidade. O atual presidente da CBF, que está de licença do cargo, ainda não teve nenhuma prova confirmada contra ele e por isso não foi condenado.
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Após a requisição do presidente interino da CBF, Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, a Fifa divulgou uma carta esclarecendo quem são os dirigentes que estão sendo cobrados e afirmando que desistiu, por enquanto, de reaver valores com Del Nero, já que nada foi provado contra ele, ainda.
Nesta semana a Fifa anunciou que ia cobrar valores milionários de alguns dirigentes que teriam usado capital da entidade para hospedagens, passagens aéreas e outras necessidades. Sob o comando de Gianni Infantino, a Fifa acredita que os valores devem ser pagos pelos cartolas, já que contribuíram para denegrir a imagem da entidade internacionalmente.
José Maria Marin e Ricardo Teixeira, ambos ex-presidentes da CBF, estão na lista de dirigentes que deveriam repassar quantias milionárias à Fifa. No total, a entidade cobra um valor aproximado de R$ 106,75 milhões dos cartolas. Já Del Nero, que deverá ser isento do processo, inicialmente teria de pagar R$ 6,3 milhões.
Confira a carta da Fifa enviada à CBF na íntegra:
“Em resposta à sua carta pedindo esclarecimentos de certos aspectos do pedido da Fifa por restituição junto ao governo dos Estados Unidos. Especificamente, o senhor pediu esclarecimento sobre a posição da Fifa a respeito de indivíduos que foram indiciados, mas não condenados até o momento.
Como declarado no pedido de restitução, a Fifa pretende buscar uma compensação pelo prejuízo causado por qualquer indivíduo condenado por crimes apontados pelo governo americano. Até o momento, 13 indivíduos foram condenados (todos se declararam culpados), bem como duas organizações. A Fifa acredita que tem direito a restituição de acordo com a legislação americana dessas pessoas e organizações.
A respeito dos indivíduos que foram indiciados, mas não (ainda) condenados, a Fifa não busca restituição neste momento. Se esses indivíduos forem condenados por um júri ou se declararem culpados, a Fifa buscará restituição deles também”.