CORRUPÇÃO

Arquivado o caso contra Neymar e o pai por transferência ao Barcelona

De acordo com o juiz, "as condutas podem ter repercussão esportiva, ética e disciplinar, mas não se encaixam em um procedimento penal"

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 08/07/2016 às 10:41
Foto: PAU BARRENA / AFP
De acordo com o juiz, "as condutas podem ter repercussão esportiva, ética e disciplinar, mas não se encaixam em um procedimento penal" - FOTO: Foto: PAU BARRENA / AFP
Leitura:

Um juiz de instrução espanhol decidiu nesta sexta-feira (8) arquivar a denúncia apresentada contra o jogador brasileiro Neymar e seu pai, que eram investigados por suposta corrupção, acusados de dissimular o valor real da transferência do jogador ao FC Barcelona em 2013.

O juiz deu por concluído o caso apresentado pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que ex-proprietário de parte dos direitos do jogador, ao afirmar que "as condutas analisadas não podem ser perseguidas penalmente", segundo um comunicado da Audiência Nacional, a jurisdição competente.

De acordo com o juiz, "as condutas podem ter repercussão esportiva, ética e disciplinar, mas não se encaixam em um procedimento penal".

No caso, a Promotoria espanhola havia acusado Neymar e seu pai de "corrupção nos negócios" pelo contrato assinado pela empresa familiar N&N com o FC Barcelona para a transferência do atacante, que no entender do fundo DIS foi fraudulenta e a impediu de receber uma quantia maior pela negociação.

Mas o juiz José de la Mata Amaya não viu méritos para processar os dois por corrupção nos negócios, nem por fraude dissimulada. De acordo com o magistrado, a contratação de Neymar "não afetou a livre concorrência entre clubes", indica o comunicado.

Contratado em 2013, a chegada do brasileiro, atualmente com 24 anos, foi um sucesso esportivo e comercial, mas também uma considerável fonte de problemas judiciais tanto para o Barça como para o atleta e sua família.

Em junho, o clube aceitou pagar uma multa de 5,5 milhões de euros por fraude fiscal na contratação de Neymar, para evitar um julgamento por ter camuflado o preço real da transferência.

Últimas notícias