Nenhuma região acolhe a seleção brasileira tão bem como o Nordeste. Historicamente, o destino é recorrente em dois momentos: em crises e na euforia. Na próxima quinta-feira, o time comandado por Tite volta à terrinha para confirmar o bom momento nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A Arena das Dunas, em Natal, será o palco de Brasil x Bolívia, em partida válida pela 9ª rodada do grupo dos países da América do Sul.
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Essa é a segunda vez que a seleção atua na capital do Rio Grande do Norte. A primeira aconteceu ainda em 1982, quando o Brasil derrotou a Alemanha Oriental por 3x1 e fez a festa de 48 mil torcedores. A partida marcou o início da preparação da seleção para a Copa do Mundo daquele ano. Hoje, 34 anos depois, os torcedores locais estão novamente ansiosos para assistir à seleção de perto. Tanto que os 31 mil ingressos disponíveis para o jogo se esgotaram em apenas oito horas.
HISTÓRICO
A boa relação da seleção brasileira com o Nordeste teve início em 1989, durante a Copa América. Embora o Brasil tenha conquistado o troféu pela quarta vez e quebrado um jejum de 40 anos, os três primeiros jogos na Bahia foram bem tensos. Na época, a torcida local pediu pela convocação do atacante Charles, mas o técnico Sebastião Lazaroni não acatou a proposta. Apesar das vaias e críticas, a seleção deixou Salvador com saldo positivo: foi uma vitória por 3x1 sobre a Venezuela e dois empates por 0x0 com Peru e Colômbia.
Depois a seleção veio jogar no Recife, onde superou o Paraguai por 2x0 e garantiu a classificação à próxima fase da competição. Desde então as partidas realizadas no Nordeste exercem um efeito positivo na autoconfiança dos jogadores. Não à toa, a seleção se apoia na região em momentos críticos. E sempre volta para realizar amistosos comemorativos.
Foi assim nas Eliminatórias da Copa de 1994, quando o Brasil recebeu a Bolívia no Arruda e emplacou uma goleada por 6x0. No ano seguinte, Bebeto, Romário e companhia escolheram o Recife para fazer o jogo de despedida antes do Mundial. Dez anos depois, o Nordeste continua dando sorte. Na Copa de 2014, apenas a Arena Castelão, em Fortaleza, recebeu a seleção em dois jogos: um empate por 0x0 com o México, pela primeira fase, e uma vitória por 2x1 sobre a Colômbia, pelas quartas de final.
ERA TITE
Depois que Tite assumiu o grupo, em junho, o Brasil já reúne duas vitórias sobre Equador (por 3x0) e Colômbia (por 2x1), que aconteceram mês passado. Por contas dos triunfos, o Brasil pulou da sexta para a vice-liderança da classificação das Eliminatórias da América do Sul e voltou a figurar no Top 5 do ranking da Fifa – está na 4ª colocação empatado com a Colômbia. “Estou muito feliz porque foi um desempenho que superou minhas expectativas”, comentou o técnico.