A tragédia que vitimou 71 pessoas no acidente aéreo que levava o time da Chapecoense à Colômbia para a final da Copa Sul-Americana deixou a todos atônitos. O mundo vestiu verde nesta trágica terça-feira 29 de novembro de 2016. De todos os lados choveram mensagens de apoio. Um alento para os familiares, amigos, conhecidos e todos que amam o futebol. O presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, disse que "embora a morte seja um fato presente no nosso cotidiano, nunca estamos preparados para lidar profissionalmente com a tragédia quando ela, sorrateira e repentinamente, nos atinge em cheio". E é verdade.
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Em seguida, Rech se solidarizou com as famílias de todos que estavam naquele avião e afirmou, também, que os colegas de profissão jornalistas terão a eterna gratidão e admiração de todos por nunca terem medido esforço de levar a notícia ao público.
Confira a nota da ANJ na íntegra:
"Embora a morte seja um fato presente no nosso cotidiano, nunca estamos preparados para lidar profissionalmente com a tragédia quando ela, sorrateira e repentinamente, nos atinge em cheio. Seja porque estamos em constante movimento, porque testemunhamos tiroteios, brigas e manifestações violentas ou porque, às vezes, somos os únicos a querer entrar em lugares de onde todos querem sair, profissionais da comunicação sentem com frequência a mesma dor das pessoas que protagonizam coberturas trágicas.
Além da sombra dos acidentes e dos conflitos, jornalistas são alvos com triste regularidade de agressões por quem quer calar a verdade e a liberdade de expressão. Mesmo assim, o risco de morte é raramente comentado entre nós. Trata-se de uma espécie de superstição: imaginamos que, quanto menos falarmos dela, mais distante ela deverá se manter. Infelizmente, nada mais falso nesse episódio. A morte de 20 profissionais em um acidente é uma das maiores tragédias que já atingiu a imprensa mundial na história recente. Em todas as latitudes e longitudes, o mundo do jornalismo está abalado e consternado como raramente se viu antes.
Os 20 profissionais da comunicação que estavam no voo charter haviam sido escolhidos a dedo para a missão. Participar da cobertura de uma final internacional é uma pauta reservada a poucos – uma espécie de condecoração jornalística ansiada por todos que atuam na imprensa esportiva. Os colegas que morreram na Colômbia, entre os quais cinco queridos companheiros da RBS, eram exemplos dessa estirpe – combinavam seu talento com um dos momentos mais gloriosos do futebol catarinense e a paixão de informar. Em nenhuma atividade há morte nobre – só há mortes e dramas pessoais e familiares a se lamentar e se solidarizar.
Mas as duas dezenas de profissionais que perderam a vida nas montanhas colombianas deixam a suas famílias, amigos e colegas a eterna admiração e respeito por quem, como eles, não mediam esforços por levar informação ao público. Essa sim é uma missão nobre e fundamental para a socigle"
Nota de Marcelo Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ)"