Tragédia

Em campo, sobrava categoria para o pernambucano Cleber Santana

Meia e capitão da Chapecoense estava na tragédia do avião na Colômbia

Felipe Vieira
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Felipe Vieira
Publicado em 29/11/2016 às 20:33
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Meia e capitão da Chapecoense estava na tragédia do avião na Colômbia - FOTO: Divulgação
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Sete títulos conquistados na carreira, sendo seis estaduais e um da Copa do Brasil. O fato de o currículo de Cleber Santana não ser dos mais recheados contrasta com a extrema classe e habilidade que mostrou nos 12 clubes que defendeu em 15 anos de futebol profissional (2001 a 2016).

As marcas registradas de Cleber em campo eram a cabeça sempre erguida, qualidade no passe e na condução de bola e, principalmente, os chutes de média e longa distância. Segundo volante? Meia avançado? “Tanto faz, me sinto confortável nas duas posições”, dizia. 

Cria das categorias de base do Sport, foi promovido aos profissionais em 2001, tendo participado da desastrosa campanha do rebaixamento à Série B. Em 2003 veio o único título com a camisa do clube que o revelou: o do Pernambucano. Foi dele o primeiro gol do empate por 2x2 com o Santa Cruz, na Ilha do Retiro, que garantiu a taça ao Leão.

Vendido ao Vitória em 2004, sagrou-se campeão baiano num time que contava com os experientes Edílson Capetinha e Vampeta, além do então novato atacante Obina. No ano seguinte, a primeira experiência internacional: o Kashiwa Reysol, do Japão, onde foi artilheiro do time na temporada, com oito gols, mas acabou na 16ª posição em um torneio com 18 equipes. 

Em 2006, Cleber chegou ao Santos, onde acrescentou o sobrenome “Santana”, pois já havia no elenco o lateral-esquerdo Kléber. No Peixe, conquistou os títulos paulistas de 2006 (após 22 anos de jejum) e 2007. Depois de 97 jogos e 23 gols pelo alvinegro, o meia foi vendido ao Atlético de Madrid, em julho de 2007. 

Pelos “colchoneros”, Cleber jogou duas temporadas (2007 e 2008) ao lado de nomes consagrados como o uruguaio Diego Forlán e o argentino Sergio Aguero. Ajudou a levar o time de volta à Champions League em 2007, mas terminou emprestado ao Mallorca no ano seguinte. 

Em 2009, jogando contra o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, o meia marcou o gol mais bonito de sua carreira, quando driblou quatro merengues e tocou por cima do goleiro Casillas, na vitória de virada por 3x1. De volta ao Atlético de Madrid, jogou mais uma temporada até retornar em definitivo para o Brasil.

O destino foi o São Paulo, onde Cleber ficou por duas temporadas e também não conquistou títulos. Em 2011, nova parada: o Atlético Paranaense, para mais uma temporada sem taças. A primeira passagem do meia pelo futebol catarinense veio em 2012, com o título de campeão estadual pelo Avaí. No mesmo ano, realizou o sonho de jogar pelo Flamengo (Cleber dizia ter dois times do coração: os rubro-negros carioca e pernambucano), onde conquistou o troféu mais importante: o da Copa do Brasil de 2013.

CHAPECOENSE

Naquele mesmo ano, voltou para Santa Catarina, para não mais sair. Iniciou um périplo por Avaí (2013), Criciúma (2014) e Chapecoense (desde 2015). Em Chapecó, sagrou-se campeão estadual de 2016 e craque do campeonato. Faltou apenas o troféu internacional que Cleber, aos 35 anos, dizia a todos que iria conquistar antes de se aposentar. 

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