Preparador físico do Sport na metade final da temporada 2015 e até a semifinal do Campeonato Pernambucano deste ano, o gaúcho Paulo Paixão perdeu o filho Anderson Paixão na queda do avião que levava a Chapecoense a Medellín, na Colômbia. Anderson era preparador físico do time catarinense.
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Abalado com a notícia, Paulo Paixão apegou-se à fé para enfrentar mais esta tragédia e disse que “não tem nada a reclamar de Deus”. Ele já havia perdido outro filho, Alessandro, em 2002, de ataque cardíaco. “Eu tenho fé. Tudo que ocorre tem um porquê. A gente crê em um comando maior. Quis o bom Deus que essa situação viesse”, disse Paulo Paixão, em entrevista à Rádio Gaúcha.
O preparador físico, campeão mundial com a seleção brasileira em 2002, na Copa da Coreia do Sul e do Japão, contou que Anderson deixa dois filhos. “É uma situação que traz reflexões: aquelas pessoas que precisam refletir, celebrar a vida, respeitar o próximo, celebrar a sua vitória e derrota. Toda e qualquer classe (social) tem que celebrar a vida, mas com respeito, carinho”, destacou.
NA ILHA
Paulo Paixão foi confirmado no Sport no dia 20 de setembro do ano passado, mesma data em que foi feito o anúncio da contratação de Paulo Roberto Falcão como treinador. Ele se apresentou no clube rubro-negro dois dias depois, ao lado do técnico e do auxiliar Thiago Gomes. Paixão permaneceu no clube até 18 de abril deste ano, quando a diretoria anunciou a demissão de Falcão. Na Ilha do Retiro, ele ficou conhecido pela cordialidade com a qual sempre tratou jogadores e imprensa.