Por ser o atual campeão da Champions League, o Liverpool está garantido no Mundial de Clubes da Fifa deste ano, que será disputado no Qatar. Mas as particularidades do país árabe, como leis, costumes, levaram o clube inglês a se precaver. Ser homossexual, por exemplo, é ilegal na país sede do torneio. Para evitar que, sobretudo, os torcedores passem por qualquer problema ou constrangimento, os Reds divulgaram guia de recomendações para os fãs da equipe que irão viajar ao local.
No material, o Liverpool fez questão de destacar que, comportamentos permitidos no Reino Unido podem ser considerados ofensivos em Doha. Os três primeiros trazem os código de vestimenta, alertas sobre demonstração de carinho em público e riscos à comunidade LGBT.
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O país é classificado pela ILGA (Associação Internacional LGBT) no maior nível de risco para a comunidade (nível 6), com possibilidade de pena de morte. O Brasil, país com mais crimes contra transexuais segundo a ONG Transgender Europe, por exemplo, é classificado como 2.
Até mesmo os heterossexuais têm as manifestações de carinho repreendidas. Esses atos, se feitos em público, podem levar os casais à prisão. Por este motivo, o Liverpool instruiu ainda que os casais levem consigo um registro de casamento, por relacionamentos não conjugais também são proibidos no Qatar.
Outros alertas aos torcedores também foram dados no sentido de as mulheres sempre cobrirem os ombros e joelhos. A tolerância zero também se estende ao consumo de bebidas alcoólicas e drogas. "Nós solicitamos e recebemos garantias de que nossos torcedores LGBT serão bem-vindos no Qatar, algo que é de suma importância para nós, uma vez que somos defensores de longa data tanto da igualdade quanto da diversidade", disse o diretor-executivo, Peter Moore, ao site do Liverpool.