A passagem pelo futebol do Náutico em 2014 não traz boas lembranças para Vassoura. Ele sequer chegou a fazer partidas oficiais pelo clube, passou apenas por um período de treinamentos no time alvirrubro, à espera de ser aprovado. Mas o fim da história não aconteceu do jeito que ele imaginava. Foi dispensado sob a alegação de que não havia lugar no CT do clube para ele dormir.
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“Todos que acompanharam a minha situação lá no Náutico viram que eu fui injustiçado. Fui lá pra fazer o teste, todos gostaram de mim. Aí de repente, em uma sexta-feira, quando eu achava que ia assinar o contrato, um funcionário do clube me chamou. Ele disse que o Kila (gerente de futebol do Náutico na época) havia dito que eu estava liberado. Falou que no CT não tinha lugar pra dormir. Eu disse que morava ali do lado (Jaboatão dos Guararapes) e que isso não seria problema, mas mesmo assim fui dispensado”, falou o jogador, que acabou atuando no time de futebol de sete do Timbu no mesmo ano.
Mesmo com as portas fechadas no Timbu e a falta de um grande clube de futebol de currículo, o atleta garante que não tem frustração com as disputas no gramado. Para ele, todos os objetivos foram alcançados.
“Eu não tenho frustração, até porque eu sempre recebo proposta para voltar a jogar no campo. Comecei a jogar o futebol um pouco tarde, talvez se eu tivesse tido uma base, eu chegaria um pouco mais longe. Mas frustração é nenhuma. Aonde eu quis chegar no campo eu cheguei, aonde eu joguei fui bem”, destacou.
APELIDO
Registrado como Williams Oliveira do Nascimento, Vassoura recebeu o apelido curioso por causa do corte de cabelo feito pela sua avó, quando era criança. Segundo ele, o apelido ainda acabou se popularizando por conta dos dribles que dava em quadra. Parecia sempre que estava “varrendo” os adversários com os dribles.
“Minha vó tinha cortado o meu cabelo e um rapaz disse que estava parecendo uma vassoura. Aí pegou. Depois começaram a dizer que eu varria os meninos do futebol com os meus dribles”, concluiu.