Um exemplo de superação. A visita de Lucas Lyra, ontem à tarde, no CT Wilson Campos, foi mais que bem-vinda. Na verdade, foi inspiradora. A presença do torcedor alvirrubro motivou bastante o elenco do Náutico para a conquista do tão sonhado acesso. Afinal, se Lucas com sua força de vontade conseguiu superar o prognóstico médico que apontava que ele só tinha 1% de chance de viver, contrariar os 60% de probabilidade de que o Timbu não vai subir se tornou algo fácil de se alcançar - o Náutico precisa vencer o Oeste e torcer por tropeços de Bahia ou Vasco.
Ao lado da mãe Cristina Lyra e da irmã Mirela Lyra, Lucas foi recepcionado por Ivan Brondi, presidente do Náutico, pelo ex-atacante Kuki, além do goleiro Julio Cesar e do meia Marco Antônio, que o presenteou com uma camisa do Náutico. Bastante sorridente, o torcedor passava a todo instante a sua confiança no elenco timbu.
Questionado por Cléber Queiroga, fisiologista do Náutico, quem era o jogador que ele mais gostava no grupo alvirrubro, Lucas Lyra não titubeou e disse: “Julio Cesar. Ele é o nosso paredão e representa bem o nosso clube”, disse o torcedor.
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Para o arqueiro timbu, a presença de Lucas serve de estímulo na luta para buscar o acesso à Série A. “É um exemplo que temos que seguir. Ele mesmo desacreditado por todos conseguiu se superar. A história dele nos encoraja e nos fortalece bastante. Lucas é um guerreiro e precisamos ser igual ele no sábado”, destacou Julio.
Em conversa com o ídolo, Lucas Lyra não demonstrou nenhuma timidez. De cara já deixou claro de que estaria na Arena de Pernambuco acompanhando a decisão de perto. Com a responsabilidade de satisfazer o ilustre torcedor, Julio garantiu que o Náutico vai fazer o melhor dentro de campo para sair com a vitória diante do Oeste. “Vamos fazer o nosso papel e, se Deus quiser, os outros resultados vão acontecer”, desejou o goleiro.
O CASO
Lucas Lyra foi baleado na cabeça no dia 16 de fevereiro de 2013 após confusão envolvendo as Torcidas Organizadas da Fanáutico e da Jovem em frente a sede do Náutico. O torcedor ficou internado por três anos e meio e só foi liberado para voltar para casa em setembro deste ano.
