Qualquer igualdade no placar de domingo (8), entre Náutico e Paysandu, leva a decisão da vaga na Série B do Campeonato Brasileiro 2020 para os pênaltis. A ida, em Belém do Pará, terminou em 0x0 e agora os times duelam nos Aflitos. Sabendo da possibilidade de ter que decidir nas cobranças, o técnico Roberto Fernandes, com passagens pelos dois times em campo, sugeriu a necessidade de treinar o fundamento não só na véspera.
"Em jogos como esse, eu costumo, para não dar uma carga de um único treinamento, normalmente no último treinamento, na minha semana de trabalho, acabou o treino, cada um vai ali bater pênalti. Todo dia. De segunda até o último treino, porque não vai ser duas batidas de pênalti de cada um que vai cansar mais a perna, e você já tem como ir preparando, dando mais confiança. É importante", disse o técnico pernambucano, em entrevista à Rádio Jornal.
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Roberto explicou que pede que os atletas façam as cobranças, pelo menos 80% delas, como vai bater em jogo. Isso porque, segundo o treinador, quando o jogador bate cada uma em um lugar diferente, chega no jogo e não sabe onde cobrar. "Essa é uma coisa que tenho certeza que o Gilmar (Dal Pozzo, técnico do Náutico), experiente, com os acessos dele na carreira, vai saber conduzir, porque é uma realidade", emendou.
VANTAGEM
Com a decisão para o estádio dos Aflitos e a igualdade sem gols fora de casa, Roberto Fernandes vê o Náutico em vantagem na luta pelo desejado acesso. "Quase 70% do mata-mata, o resultado do primeiro jogo é muito difícil de ser revertido", destacou. O técnico citou como exemplo o jogo entre Athlético-PR e Grêmio, na semifinal da Copa do Brasil. O time gaúcho abriu 2x0 em casa e o paranaense igualou em Curitiba.
"Nos 90 minutos, mesmo o Grêmio com uma expulsão, é difícil ter revertido. Por isso que mais uma vez, eu acho que o Paysandu perdeu uma oportunidade. Porque o Náutico veio, na minha opinião, com a vantagem de jogar por uma vitória simples em casa. Diferente do que se tivesse que tirar a diferença de gols", concluiu Roberto Fernandes.
