O juiz José Raimundo dos Santos Costa, da 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, determinou a penhora de parte da renda do Náutico obtida no jogo diante do Paysandu. A partida acontece neste domingo (8), às 18h, pela volta das quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. O magistrado tomou a decisão com base na ação trabalhista movida pelo volante Derley contra o clube alvirrubro. De acordo com o advogado do atleta, Guilherme Veiga, o Timbu tem um total de R$ 310.922 em aberto com o atleta.
Leia Também
- Volante se firma no Náutico e visa ajudar sua família no Paraguai
- Decisão entre Náutico e Paysandu terá mais de 400 policiais militares
- Confira o esquema de trânsito para jogo decisivo de Náutico e Paysandu
- No Náutico, não faltam candidatos a herói do acesso
- Jiménez pede imposição do Náutico contra o Paysandu nos Aflitos
“Determino que a penhora incida sobre a renda líquida a ser recebida pelo clube no evento esportivo a ser realizado no dia 08 de setembro de 2019, ficando fixado no percentual de 20%”, disse o juiz, conforme o despacho.
Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio, o presidente Edno Melo demonstrou tranquilidade para falar do assunto. O jogo contra o Paysandu é decisivo para o time de Conselheiro Rosa e Silva, pois uma vitória simples garante o acesso do Náutico à Série B do Campeonato Brasileiro em 2020.
"Até agora, nós ainda não fomos notificados (pela Justiça). E também já acabaram praticamente todos os ingressos", comentou o presidente alvirrubro, em referência às entradas que estão sendo vendidas antes mesmo do jogo da ida, em Belém. As entradas para a volta entre Náutico e Paysandu, nos Aflitos, começaram a ser comercializadas no fim de agosto.
Ainda assim, o advogado de Derley garante que o Náutico não vai escapar de cumprir a determinação da Justiça no que diz respeito ao bloqueio de 20% da renda. "O Náutico vai ter que prestar contas desses 20% à Justiça. Independente desse valor estar disponível ou não no dia da partida", explicou Guilherme Veiga.
NEGOCIAÇÃO NÃO CUMPRIDA
Em valores já negociados e divulgados pelo balancete financeiro do clube em maio do ano passado, a dívida do alvirrubro com Derley, que defendeu o clube entre 2008 e 2012, era de R$ 254 mil. A ação que levou ao bloqueio de parte da renda de Náutico x Paysandu é justamente porque o Timbu não teria cumprido o combinado. "Essa dívida tinha sido negociada e o Náutico não pagou. Continua em aberto. Então, diante da inércia do Náutico, o juiz determinou o bloqueio de parte da renda. Mas Derley negociou uma vez e segue disposto a negociar novamente", concluiu Guilherme Veiga.