O dramático e emocionante acesso à Série B ainda está na cabeça de todo o torcedor do Náutico. Dentro de campo, os jogadores também sentiram o peso do jogo histórico e a adrenalina da decisão só baixou no dia seguinte. Dois dos heróis da conquista, o goleiro Jefferson e o meia Jean Carlos participaram nesta segunda-feira do Ponto de Entrevista, da TV JC. Os jogadores citaram a forte preparação do elenco para justificar a confiança durante a disputa de pênaltis.
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"Nos Aflitos, antes do jogo, um torcedor nos parou e falou que seria 2x2 e a gente iria se classificar nos pênaltis. Precisava disso? A gente se preparou muito bem, a gente vinha treinando pênaltis a semana toda, inclusive eu errei dois dias seguidos, o Jefferson defendeu um, mas a competência nossa foi demais, a frieza de todos que bateram, a gente sabia que o Jefferson ia catar pelo menos um, então a gente tinha que fazer e foi o que aconteceu. Conseguimos a classificação, foi sofrida, mas assim é mais gostoso curtir, ver a festa da torcida", destacou o meia Jean Carlos.
Relembre os jogos
O camisa 10 alvirrubro ainda relevou que pediu para cobrar o pênalti decisivo no último minuto de jogo. Aos 49 minutos do segundo tempo, o lance foi determinante para a vaga na Série B do próximo ano ser decidida nas penalidades. Antes da cobrança, teve muita confusão com os jogadores do Paysandu, que tentaram fazer até um buraco na marca do pênalti para dificultar a cobrança de Jean Carlos.
"Fizeram um buraco na marca do pênalti, eu até tentei por um momento tirar eles, mas me afastei para poder concentrar, porque era um pênalti decisivo. No momento eu só me concentrei, passava muita coisa na minha cabeça, nos dava a condição de poder decidir nos pênaltis. A adrenalina foi a mil e quando eu marquei o gol eu tive a certeza que a gente ia conseguir esse acesso", comentou Jean Carlos.
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JEFFERSON
Formado nas categorias de base do Náutico, o goleiro Jefferson participou da segunda decisão de pênaltis defendendo o clube e pôde ser o herói pela segunda vez. Com um pênalti defendido, o jogador revelou que o elenco estava treinando há duas semanas, inclusive simulando a decisão de pênaltis, com os jogadores perfilados no centro de campo e partindo até a área para a cobrança. A situação foi testada por Gilmar Dal Pozzo para os atletas se prepararem psicologicamente.
“Foi um jogo muito difícil, a gente sentiu um pouco o peso no início, mas o torcedor abraçou, veio junto. O professor trabalhou muito com a gente, a preparação para os pênaltis não foi antes do jogo, foi depois do jogo contra o Santa Cruz, foram duas semanas. Nós goleiros sempre tentando passar dificuldade para os batedores, porque era isso que eles iriam encontrar no jogo e fomos felizes. Eu estava bem tranquilo de pegar pelo menos um, porque sabia que meus companheiros iriam converter”, disse Jefferson.