Atualizada às 20h56
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recebeu o pedido do Paysandu para impugnação da partida contra o Náutico, pela volta das quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. No jogo do último domingo (8), os times ficaram no 2x2 no tempo normal e o Timbu garantiu o acesso na disputa de pênaltis. O presidente do STJD do Futebol Paulo César Salomão Filho determinou a não homologação do resultado, na noite desta sexta-feira (13). Ou seja, existe um processo em curso para que o resultado seja invalidado. Mas já há uma linha de defesa para tranquilizar a torcida alvirrubra.
O Papão da Curuzu havia pedido também que a Terceira Divisão fosse paralisada, mas o presidente negou. "Determino que se dê imediato conhecimento da instauração do processo ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, para que não homologue o resultado da partida realizada no dia 08/09/2019, válido pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série C 2019, entre Paysandu e Náutico Capibaribe", diz o despacho.
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Roberto Selva, advogado do Náutico, afirma que o clube está tranquilo. "O presidente do STJD meramente recebeu e mandou ouvir o náutico em uma situação normal do contraditório. O indicativo que ele deu na decisão é claro, já que ele mandou seguir com a competição. uma situação evidente de que o resultado será mantido", disse.
Selva explicou ainda que o pedido para que o resultado não seja homologado significa que há um processo que tenta anular a partida. Enquanto o processo existir, é obrigação legal ter a suspensão da homologação. O presidente alvirrubro Edno Melo está bastante tranquilo quanto ao caso. "Isso foi uma mera formalidade", minimizou.
Para Salomão Filho, porém, parar a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C é exagero, "demasiadamente acentuado", para os clubes envolvidos e o esporte em si. Ainda não há data para julgamento no Pleno do Tribunal. O Náutico tem um prazo de dois dias para se manifestar. Depois de feito, o STJD poderá suspender o caso ou não.
O que acontece com essa decisão de Paulo César Salomão Filho é simples: apesar de ele ter determinado a não homologação do jogo Náutico 2x2 Paysandu, válido pela partida de volta das quartas de final da Série C, nos Aflitos, para que o STJD analise o pedido de impugnação do Papão, o próprio Tribunal garantiu que o duelo da semifinal entre Náutico x Juventude, marcado para este domingo (15), no Rio Grande do Sul, aconteça sem prejuízo para a competição.
Advogado vê medida como cautela do STJD
Para o advogado especialista em direito esportivo Osvaldo Sestário, que representará o Náutico no caso, a solicitação do STJD nada mais é do que uma medida preventiva. "Não consigo ver um resultado em cima disso. Para mim, a partida está homologada a partir do momento em que sai a tabela com o jogo entre Náutico e Juventude", opinou Sestário, em entrevista à Rádio Jornal.
Sestário ainda acrescentou que a situação pode ser reavaliada e o pedido do Papão desconsiderado a partir do momento em que o STJD ouvir o lado do Timbu. Assim, o advogado explica que caso o pedido seja desconsiderado, não é levado a julgamento. "E se levar, acho muito difícil que prospere. Até porque o campeonato vai ter prosseguimento e teremos um terceiro interessado. Vira uma bola de neve", emendou.
A bronca do Papão
O Paysandu contesta o pênalti marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden aos 49 do segundo tempo, favorável ao Náutico. A penalidade deu o empate ao Timbu e levou a partida para a decisão na cobrança de penalidades. Nos tiros livres, o time pernambucano venceu por 5x3 e garantiu vaga na Série B 2020.
Neste domingo (15), o Alvirrubro enfrenta o Juventude no primeiro jogo da semifinal. Agora, objetivando ser um dos finalistas da competição.