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Alvirrubro vai ver Náutico de bicicleta em São Luís

O Timbu encara a volta da final da Série C fora de casa, no dia 6 de outubro

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 28/09/2019 às 12:33
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O Timbu encara a volta da final da Série C fora de casa, no dia 6 de outubro - FOTO: Foto: Reprodução/Instagram
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Até onde vai a paixão por seu time de futebol? O sentimento, que muitas vezes se sobrepõe à razão, leva o torcedor a fazer ações incomuns, que geram até um sacrifício, tudo em nome do amor sentido pelo clube do coração. Tudo isso serviu de combustível para que o alvirrubro Gustavo Tiburtino resolvesse ir de bicicleta do Recife até São Luís, no Maranhão, para ver o segundo jogo da final da Série C, entre Náutico e Sampaio Corrêa. São mais de 1500 quilômetros que separam as duas capitais, e levarão o pernambucano em um ato de amor ao Timbu.

Com o duelo marcado para o dia 5 de outubro, Gustavo iniciou a sua jornada no dia 22, dia da segunda partida da semifinal da Série C. Entusiasta pelo ciclismo, ele saiu da capital pernambucana ainda sem o destino certo. Foi rumo ao Sertão do estado e faltava escolher onde encerraria a jornada. Com a classificação e registrando tudo em seu perfil no Instagram, ele decidiu que iria até São Luís acompanhar o Náutico, time do coração. Sempre com a camisa alvirrubra, ele quer chegar no estádio Castelão e acompanhar de perto a luta do Timbu pelo título nacional.

E a viagem também se tornou mais prazerosa para o torcedor, pois o mesmo também alimenta a paixão por pedalar. É um hábito que ele adquiriu há pouco tempo e pôde aliar ao amor pelo Timbu. "Já tem mais de um ano que eu pedalo. Eu moro no Recife, meus filhos moram em Camocim de São Félix (120 quilômetros de distância da capital). São 60 reais para ir e voltar, e comecei a visitar meus filhos de bicicleta. Eu passo oito horas para chegar em Camocim de bicicleta. Pedalei pelo litoral, Zona da Mata e Agreste, mas nunca o Sertão. No jogo da ida (da semifinal), eu já estava me organizando, só faltava decidir qual era o destino, se era Aracaju ou São Luís. Eu estava confiante nessa classificação do Náutico para a decisão, então uni o útil ao agradável", comentou Gustavo.

Quando ele saiu do Recife, o Náutico ainda não havia disputado a semifinal contra o Juventude. Venceu nos pênaltis e garantiu a vaga em uma final nacional após 30 anos. A última aconteceu em 1988, quando perdeu a Série B para o Inter de Limeira-SP. Diante da Bolívia Querida, uma nova oportunidade de levantar a taça de um campeonato brasileiro. E desde criança sendo torcedor do Alvirrubro, Gustavo pretende soltar o grito de campeão nacional no dia 6 de outubro. Para ele, essa ida representa muito mais do que um ato de amor pelo Timbu. "É a historia do meu pai, do meu filho de dois anos, meus primos, meu irmão que não pôde estar presente. É a história dos que sonhavam e não poderão ir", acrescentou.

E a volta? Chegar em São Luís é uma coisa mas, e depois, o que ele fará? Bem, o alvirrubro já tem seus planos, e nele inclui seguir com seu meio de transporte habitual. Ir pelo litoral nordestino, conhecendo outros estados, e também praticar seu trabalho. Ele é autônomo e vende quadros decorativos. Desta forma, quer seguir também trabalhando pela região. "Vou pegar uma nova remessa de quadros com meu amigo que vai para São Luís, e de lá pretendo seguir viagem vendendo esses quadros. Ir até Fortaleza e depois voltar para o Recife", concluiu.

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