Alvirrubro

Presidente vê resgate da credibilidade do Náutico no mercado

Com o pagamento em dia no clube e a formação de atletas, o Timbu tem se posicionado cada vez mais como clube formador

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 25/10/2019 às 8:27
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Com o pagamento em dia no clube e a formação de atletas, o Timbu tem se posicionado cada vez mais como clube formador - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Um dos motivos que fez o Náutico ter um ano tranquilo no aspecto financeiro, já que não conseguiu avançar muito na Copa do Brasil como em 2018, foi a venda de jogadores. Desde o ano passado o Timbu não atrasa salários e premiações de jogadores e funcionários. Com a palavra “austeridade” sendo o principal mote da gestão de Edno Melo, o clube tem, na visão do presidente, conseguido resgatar uma credibilidade e aumentado seu lastro como clube formador. 

“As notícias do futebol reverberam muito rápido, tanto as ruins como as boas. E já chegou no mercado a situação em que o Náutico se encontra. Um clube pagador, que honra com o que promete, que é um dos exemplos no Brasil de austeridade e gestão. Então os olhos do mercado do exterior também estão voltados para o clube. Quando você faz uma negociação que dá certo como o Erick para o Braga, a segunda do Robinho, uma terceira de Jobson, Luiz Henrique e Bruno, então o mercado dá credibilidade ao clube e naturalmente se abrem todas as portas”, comentou o presidente alvirrubro, Edno Melo. 

Esse resultado aconteceu porque, nesta temporada, vendeu dois atletas oriundos da base: o volante Luiz Henrique, para o Moreirense-POR, e o atacante Robinho, para o Bragantino. Além deles, emprestou goleiro Bruno para o Gil Vicente-POR e ganhou dinheiro referente a porcentagens das transferências do volante Jobson, vendido do Red Bull Brasil para o Santos, e do lateral-esquerdo Douglas Santos, que se transferiu para o Zenit-RUS. Este último veio através do mecanismo de solidariedade da FIFA. Uma soma que chega aos R$ 3,5 milhões e criou uma reserva financeira para o Náutico neste fim de ano. 

“Conseguimos fazer um ‘colchão’ para que terminássemos o ano bem. Com a venda dos jogadores, conseguimos essa reserva financeira para quitar com o elenco. Mas, de qualquer forma, existem alguns débitos que são antigos e de uma hora para outra aparecem. E aí a gente tem que negociar e despender esse dinheiro que está guardado”, acrescentou Edno.

THIAGO

Para a temporada 2020, o principal alvo do mercado deve ser o atacante Thiago. Um dos maiores destaques da equipe neste ano, o ponta-direita tem chamado a atenção e já foi sondado por clubes do Brasil e do exterior. Contudo, não chegou nenhuma proposta que atendesse às exigências do Náutico. Sem pressa para negociar, o Alvirrubro pretende lapidar mais ainda o prata da casa. Agora que disputará uma competição maior, seja em nível técnico e vitrine, é grande a possibilidade de realizar um negócio ainda mais lucrativo.

“Estamos muito tranquilos. O Thiago é um atleta que tem um futuro muito grande. A gente está tratando essa venda do Thiago de maneira muito séria, muito profissional. Existiram algumas propostas no decorrer desse ano. Mas vimos que não eram boas nem para o atleta, nem para o clube, e preferimos esperar um pouco mais. Sabemos que a Série B é uma vitrine muito maior, que coloca ele em outro patamar de negociação, mas está sendo conduzido com muita tranquilidade. Se existir uma proposta sólida, real, para a venda de Thiago e que seja boa para o Náutico e para o atleta, a gente não vai hesitar”, concluiu o mandatário do Timbu.

VALORES RECEBIDOS EM 2019

Luiz Henrique: R$ 1,06 milhão - Valor da venda para o Moreirense

Douglas Santos: R$ 540 mil - Valor que o Náutico vai receber pelo mecanismo de solidariedade da FIFA

Bruno: R$ 100 mil - Valor do empréstimo para o Gil Vicente

Robinho: R$ 1 milhão - Valor da venda para o Bragantino

Jobson: R$ 800 mil - 20% do valor da venda para o Santos

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