Automobilismo

Federação de Automobilismo vai processar Prefeitura de Carpina por morte de pioto

O presidente da FPA, Waldner Bernardo, ainda promete acionar judicialmente os organizadores da prova clandestina

ALEXANDRE ARDITTI
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ALEXANDRE ARDITTI
Publicado em 04/06/2013 às 9:19
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A Federação Pernambucana de Automobilismo (FPA) decidiu entrar com uma ação na Justiça Comum contra a Prefeitura de Carpina, por ter permitido a realização de uma corrida de kart nas ruas da cidade sem submetê-la ao crivo da entidade esportiva. O presidente da FPA, Waldner Bernardo, ainda promete acionar judicialmente os organizadores da prova clandestina.

A ação da FPA é baseada no Código Brasileiro de Trânsito, que determina que provas de automobilismo em vias públicas devem obrigatoriamente ser sancionadas pela federação estadual da modalidade.

“A FPA não tinha conhecimento dessa corrida. Nem os organizadores nem a Prefeitura de Carpina nos consultaram sobre a realização da prova. Como a mídia no Brasil inteiro colocou na conta da FPA a responsabilidade pelos erros que culminaram na morte desse rapaz, vamos buscar na Justiça que os verdadeiros culpados sejam punidos. Ainda cobraremos indenização por danos morais à FPA. Nossa federação é de homens sérios, que amam e respeitam o automobilismo”, disse Waldner.

O presidente da FPA não poupou nem os pilotos que participaram do circuito clandestino de kart pelo interior do Estado – nenhum deles tinha carteira para conduzir carrinhos profissionais. “Não chamo esses competidores de pilotos, e sim de irresponsáveis. Eles não poderiam ter colocado as próprias vidas em risco, aceitando acelerar a mais de 100km/h em um circuito sem a menor condição de segurança para eles e para o público que acompanhava a corrida”, disse. “Nas imagens, também ficou claro que esses pseudopilotos não usavam os equipamentos de segurança necessários”, completou.

Na opinião de Waldner Bernardo, a tragédia poderia ter sido ainda maior. “Se esse carro se chocasse contra as pessoas que assistiam à corrida, certamente, teríamos contabilizado mais mortes. Todos ali corriam um sério risco”, finalizou.

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