Lewis Hamilton conquistou no ano passado seu merecido 2º título mundial, depois de vencer um duelo acirrado com o companheiro Nico Rosberg. Aos 30 anos e piloto da melhor escuderia da Fórmula 1, ele pode sonhar em igualar o ídolo de infância, o tricampeão Ayrton Senna.
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Se as Mercedes W06 Hybrid forem tão confiáveis e rápidas como nos treinos de pré-temporada, em Jerez e Barcelona, tudo indica que o ano de 2015 será parecido com o anterior, quando Lewis e Nico brigaram sozinhos pelo título mundial.
Caso isso aconteça novamente, Hamilton será duro de bater. O rapaz de Stevenage, depois de cinco temporada sem título -o primeiro foi em 2008-, mostrou toda sua qualidade em 2014. Envolvido nas decisões de todos os ajustes de seu carro antes das corridas, o inglês dominou Rosberg, terminando o ano com 67 pontos a mais que o companheiro de Mercedes.
Desde então, a tensão provocada pelo duelo com seu ex-amigo de infância parece ter perdido força. "Não há mais tensão, voltamos a ser dois caras normais e que conversam sobre coisas normais", disse Hamilton durante uma festa em Stuttgart, sede da Mercedes-Benz, para mais de 50.000 torcedores. Nas férias, o inglês aproveitou para viajar muito e terminar (mais uma vez) a relação com a cantora Nicole Scherzinger.
O assunto que cria mais tensão hoje em dia na escuderia alemã é a prolongação do contrato do piloto. O bicampeão faz questão de ser pago como o melhor piloto do mundo e, segundo fontes próximas à Mercedes, um acordo está perto de ser assinado. "Estou muito feliz aqui, tenho contrato até 2015, então não há motivos para precipitações", declarou Hamilton no Natal.
Vettel, o exemplo a seguir
Hamilton sabe que é o favorito para conquistar novamente o título mundial e aguarda ansioso para ser desafiado por outras escuderias, não só pelo companheiro Rosberg.
"Quando eu era mais novo, eu assistia a F1 e eu gostava mais quando duas escuderias competiam uma com a outra. Em 2008, por exemplo, era legal porque as Ferraris iam bem em circuitos rápidos, como Silverstone, enquanto a gente (na época na McLaren) tinha vantagem nos circuitos mais lentos", analisou Hamilton.
"Era divertido minimizar o estrago nos circuitos em que a Ferrari era mais rápida. E quando a gente consegue as duas coisas, vencer o companheiro e a equipe rival, são duas satisfações em uma", resumiu o inglês, que admitiu que Rosberg deu mais trabalho na última temporada que Felipe Massa em 2008, quando o brasileiro foi vice-campeão.
Em 2015, a Ferrari parece pronta para superar a Red Bull e a Williams e voltar a briga pelo título, ao contrário do que pensa o tetracampeão Sebastian Vettel, novo piloto da escuderia italiana.
"Acho que é 50% de chance para cada um (entre Hamilton e Rosberg). No ano passado, não imaginava que Rosberg seria tão forte, principalmente nos treinos de classificação. Nas corridas ele também sempre estava muito perto de Hamilton. Na minha opinião, os dois são os favoritos", declarou Vettel ao diário italiano Gazzetta dello Sport.
O alemão conquistou os quatro títulos seguidos (2010 a 2013) ficando na Red Bull, um caminho que Hamilton deve seguir com a Mercedes-AMG para colher os frutos nos próximos anos.