Os Jogos Pan-Americanos de Toronto conheceram os seus primeiros casos de doping na última quinta-feira (16). O brasileiro Patrick Mendes, da categoria até 105 kg do levantamento de peso, foi suspenso das competições devido ao uso de uma substância proibida pela Agência Mundial Antidopagem (Wada), assim como o peruano Mauricio Fiol, medalhista de prata nos 200m borboleta na última terça (14).
Nas amostras de Patrick, foi detectada a substância “dehydrochloromethyl testosterone metabolite”. A Missão Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto recebeu a notificação da punição em primeira mão pela Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa). O atleta havia conquistado o quarto lugar em sua categoria, levantando 370 kg.
“Lamentamos o ocorrido e aguardamos o julgamento do atleta por parte das instâncias competentes antes que seja feito qualquer comentário precipitado. No entanto, o Comitê Olímpico do Brasil e a Missão Brasileira em Toronto reiteram a tolerância zero com o doping no esporte”, afirmou O chefe-médico da Missão Brasileira, Roberto Nahon.
O caso de doping de Patrick Mendes é o terceiro de um brasileiro na história dos Jogos Pan-Americanos. Os dois primeiros aconteceram na edição de 2007, disputada no Rio de Janeiro. Na ocasião a nadadora Rebeca Gusmão foi pega pelo uso de testosterona, teve de devolver as medalhas conquistadas e ainda foi banida do esporte por ser reincidente. O outro atleta pego foi o levantador de peso Fabrício Mafra. Ele fez uso da mesma substância que Rebeca e igualmente teve de devolver a premiação recebida no Rio-2007.
Os competidores pegos nesta edição do maior evento poliesportivo das Américas podem ficar até quatro anos suspensos de suas respectivas modalidades caso seja comprovado o uso intencional das substâncias proibidas. Antes a pena máxima era de dois anos, mas foi dobrada pela Wada no novo Código Mundial Antidoping que está vigorando desde janeiro deste ano. O evento continental marca a estreia das novas regras, que também serão adotadas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.