O torneio de atletismo paralímpico Open Internacional Caixa Loterias 2016 terminou no início da tarde deste sábado(21), no Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Esse foi o último evento-teste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, de uma série de mais de 40 competições iniciada em agosto de 2014.
O evento, que faz parte do Grand Prix de Atletismo do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), reuniu mais de 300 atletas de 23 países. Nos quatro dias de provas, houve eventos-demonstração e disputas por medalhas, inclusive com a quebra de dois recordes mundiais.
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Ontem (20), por exemplo, o brasileiro Daniel Tavares bateu o recorde mundial dos 400 metros na classe T20 (para pessoas com deficiência intelectual). Ele terminou a prova em 47 segundos e 48 centésimos, quase cinco décimos de segundo abaixo do antigo recorde, que era dele mesmo e que havia sido obtido no mundial do Catar, no ano passado.
No dia anterior, o dinamarquês Daniel Jorgenssen chegou a 6,67 metros no salto em distância na classe T42 (para amputados), quebrando o recorde mundial. Como o torneio também conta pontos para o ranking mundial do IPC, algumas marcas obtidas nesses quatro dias podem ajudar atletas a se classificar para os Jogos Paralímpicos, marcados para setembro deste ano.
Ouro em Londres (2012), o brasileiro Alan Fonteles conquistou duas medalhas de ouro no Open Internacional em sua classe, a T44 (para amputados): nos 100 metros e nos 200 metros. “O evento foi muito bom. A organização foi boa, a pista também está muito boa. Deu para sentir o que vai ser daqui a alguns meses. Agora é esperar pelas Paralimpíadas, para fazer um bom tempo e conseguir um bom resultado. Enfim, repetir o que fiz em Londres e brigar por outras medalhas também”, disse Fonteles.
Maria de Fátima Fonseca Chaves disputou sozinha a prova dos 5.000 metros na classe T54 (para cadeirantes) e espera conseguir um índice para disputar os Jogos Paralímpicos no Grand Prix de Nottwill, na Suíça, que será realizado de terça-feira (24) até domingo (29).
“Eu vou disputar as provas de 100, 200, 400, 800, 1.500 e 5.000 [com exceção dos 200 metros, todos são provas paralímpicas]. Por eu não ter o índice ainda, eu senti aqui hoje que, mesmo se eu não for convocada, eu estou em um evento-teste onde vão ser disputadas as Paralimpíadas. Deu para sentir essa emoção. A pista é fantástica e muito rápida. Nunca me senti tão bem em correr quanto me senti aqui no Engenhão”, disse a atleta, que ainda se recupera de uma contusão.
Apesar do término da série de eventos-teste, ainda estão previstos ainda mais dois testes de percurso, no Velódromo, no final de junho, para as modalidades de ciclismo e paraciclismo de pista.