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Veterana da marcha, Cisiane realiza sonho olímpico no Rio-2016

Aos 33 anos, pernambucana vai disputar primeira edição dos Jogos na carreira

Gabriela Máxima
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Publicado em 12/06/2016 às 8:50
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Aos 33 anos, pernambucana vai disputar primeira edição dos Jogos na carreira - FOTO: Divulgação
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Atleta, mãe, mulher e professora. Essa são as quatro versões da marchadora pernambucana Cisiane Dutra. Aos 33 anos, ela está prestes a realizar um dos maiores sonhos de sua vida: defender o Brasil em uma edição dos Jogos Olímpicos. Depois de bater na trave duas vezes, ela conseguiu atingir o índice e colocou seu nome na lista de atletas que estarão no Rio-2016, a partir de 5 de agosto. Cisiane atualmente é a vice-líder do ranking brasileiro da marcha atlética, com o tempo de 1h37min40. Em outubro do ano passado, ela alcançou a marca classificatória após a marca de 1h34min21, no Open de Nova Iorque.

Desde 2008 que Cisiane busca uma vaga nas Olimpíadas. Em Pequim-2008, faltaram apenas 14 segundos para ela estabelecer o índice. Quatro anos depois, ela descobriu que estava grávida na temporada que antecedeu os Jogos de Londres-2012. Na época, foi presenteada com o pequeno Vitinho em detrimento da ida aos Jogos. A gravidez não foi planejada, mas a chegada surpresa de Vitinho fez toda a diferença na rotina do “casal marchador” – ela é casada com seu treinador, Vanthauze Marques. “Ele é nosso maior presente e será um sonho duplo disputar as Olimpíadas com a presença dele”, falou a atleta. 

A pernambucana divide seu tempo em uma múltipla jornada: mãe, esposa, atleta e professora. Pois é. Além de treinar forte para manter o alto rendimento esportivo, Cisiane dá aulas em uma faculdade particular do Recife. “Essa é uma forma de eu me preparar profissionalmente para quando me aposentar. Eu só ministro uma disciplina nesse semestre para eu conseguir me dedicar à marcha”, observou a atleta, que não para um dia sequer. De segunda à quinta-feira, ela treina em dois períodos. Nos outros dias, o trabalho acontece em um único turno.

Classificada para a primeira Olimpíada da carreira, Cisiane confessou que esse é seu melhor momento no esporte. “É minha melhor fase. Eu ainda não consegui fazer o tempo que desejo. Estava planejando para o mês passado, mas fiquei doente e parei todas as atividades por três semanas. Eu voltei a marchar e daqui até as Olimpíadas retomarei a minha melhor forma técnica”, garantiu a pernambucana, que segue a preparação em um camping nos Estados Unidos, no início de julho. 

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