PREMIAÇÃO

COI confirma entrega de bronze herdado pela equipe do 4x100m do Brasil

Confirmação foi feita em carta enviada a Arthur Nuzman, presidente do COB

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/09/2016 às 15:21
Foto: Alexandre Loureiro/COB Divulgação
Confirmação foi feita em carta enviada a Arthur Nuzman, presidente do COB - FOTO: Foto: Alexandre Loureiro/COB Divulgação
Leitura:

Por meio de nota oficial publicada no final da manhã desta sexta-feira, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) enviou a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), uma carta na qual a entidade confirma que irá entregar a medalha de bronze que a equipe feminina brasileira do revezamento 4x100m herdou devido a um caso de doping. O caso em questão envolveu uma atleta do quarteto russo que conquistou o ouro na final desta prova nos Jogos de Pequim-2008. 

A CBAt informou que a carta, assinada pelo presidente do COI, Thomas Bach, foi enviada na última quarta-feira depois de o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, ter cobrado, também por meio de uma carta, uma data para a entrega das medalhas à máxima entidade olímpica.

Nesta sexta-feira, porém, a CBAt disse que a data para entrega das medalhas e diplomas correspondentes ao bronze olímpico para a equipe que foi formada por Rosângela Santos, Thaissa Presti, Lucimar Moura e Rosemar Coelho ainda será definida pelo COI. 

"Brevemente nosso Departamento de Relações com os NOC (Comitês Olímpicos Nacionais) fará contato para organizar a entrega das medalhas", afirmou Bach, na carta reproduzida nesta sexta pela CBAt.

A equipe do revezamento do Brasil terminou aquela final dos 4x100m da Olimpíada de Pequim em quarto lugar e, com a desclassificação da equipe russa, herdou a medalha de bronze conquistada na pista pela equipe da Nigéria. Assim, as nigerianas consequentemente ficaram com a prata e a Bélgica, segunda colocada, com o ouro.

A atleta flagrada no teste antidoping foi Yulia Chermoshanskaya, que acabou testando positivo para duas substâncias proibidas em reanálises de exames refeitos com as amostras do material colhido em Pequim-2008. Estas reanálises foram realizadas na esteira da polêmica envolvendo o grande escândalo de doping que abalou o esporte da Rússia e tirou toda a equipe de atletismo do país da Olimpíada do Rio.

As substâncias proibidas encontradas nos reexames foram estanozolol e turinabol e, como resultado, os resultados de todo o time russo no revezamento 4x100m dos Jogos de Pequim foram cancelados, assim como a entidade obrigou as russas a devolverem suas medalhas de ouro. 

O presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, comemorou a carta enviada pelo COI. "Acompanhamos o caso há tempos e fizemos pedido ao presidente Nuzman para que solicitasse a confirmação da parte do COI, já que sempre entendemos que as atletas da equipe mereciam as medalhas, em função da desqualificação da equipe russa", ressaltou o dirigente, por meio da nota publicada nesta sexta.

Com o pódio do 4x100m feminino herdado nos Jogos de Pequim, o Brasil passa a somar 16 medalhas olímpicas na história do atletismo. São cinco de ouro, três de prata e agora oito de bronze.

PUNIÇÃO

A punição à equipe russa no revezamento 4x100m de Pequim-2008 foi anunciada pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) apenas no último dia 16 de agosto, em meio à disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.

Últimas notícias