Artes marciais

Pernambucanos no pódio do Pan-Americano de kickboxing

Os primos Felipe e Matheus Veras voltaram de Cancún, no México, com um ouro e dois bronzes

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Publicado em 06/11/2018 às 11:06
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Os primos Felipe e Matheus Veras voltaram de Cancún, no México, com um ouro e dois bronzes - FOTO: Léo Motta/JC Imagem
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Dois pernambucanos estão entre os atletas responsáveis por deixar o Brasil com o segundo lugar geral no Pan-Americano de kickboxing. Felipe Veras saiu do torneio disputado em Cancún, no México, com uma medalha de ouro (ringue) e outra de bronze (tatame) na full contact. Já o primo Matheus Veras subiu ao terceiro lugar no pódio da k1.

O título de campeão geral ficou com os mexicanos, com 167 medalhas (81 ouros, 45 pratas e 41 bronzes). O Brasil garantiu o vice com 104 (57 ouros, 25 pratas e 22 bronzes). Já o Chile foi o terceiro país no quadro de conquistas com 97 (38 ouros, 36 pratas e 23 bronzes).

Os atletas do Estado garantiram o direito de disputar o torneio internacional depois de conquistarem o título na Copa Brasil de kickboxing, em setembro. Mas chegar até Cancún não foi missão das mais fáceis.

Sem patrocínio e qualquer apoio, eles precisaram vencer o curto espaço de tempo entre o evento nacional e o Pan para conseguir recursos. Obtiveram êxito para custear as passagens de ida e volta de um deles com a MOV Suprimentos e foi só. “Teríamos de desembolsar R$ 7 mil só com as passagens. Já ajudou muito, pois o investimento caiu pela metade. Chegamos a fazer uma vaquinha virtual, mas não conseguimos muita coisa. Então, o jeito foi colocar os gastos restantes nos cartões de créditos de amigos”, contou Felipe.

Dos 11 dias que passaram no México, três tiveram de ser na cidade de Bonfil. “Lá era tudo mais barato. Só descobrimos o porquê depois. Uma noite, depois de irmos para os pontos turísticos, tentamos pegar um táxi porque não tinha mais ônibus. O taxista não quis nos levar. Disse que o lugar é do narcotráfico. Só aceitou nos levar depois de pegar um amigo para acompanhá-lo”, relembrou Felipe.

PRÓXIMO DESAFIO

Apesar das dificuldades, os pernambucanos foram recompensados pelo reconhecimento para lutarem a seletiva do World Grand Prix. O evento acontece em dezembro, em local ainda não divulgado. “Vamos tentar nos estabilizar. Com as medalhas no Pan, a tendência é as portas se abrirem”, finalizou o lutador.

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