Não precisa ser atleta para confirmar que uma das maiores tradições do dia 31 de dezembro é acompanhar a Corrida Internacional de São Silvestre, que em 2018 chega a sua 94ª edição. Nesta segunda-feira, a partir das 7h20 (do Recife), a prova mais emblemática do pedestrianismo brasileiro dará largada para os cadeirantes. Em seguida, os atletas do pelotão de elite vão buscar um dos cinco lugares no pódio e suas premiações recheadas – o vencedor receberá R$ 92.500,00. Já os 30 mil corredores amadores vão iniciar a jornada dos 15km da São Silvestre às 8h.
MAIS SEGURANÇA
A grande novidade da edição de 2018 acontecerá na largada, que será dividida em setores (azul, verde, marrom e laranja) e terá as ruas bloqueadas. O acesso será restrito para corredores devidamente inscritos na prova – com número de peito e chip. A medida de segurança pretende diminuir o número de atletas que não pagaram pela inscrição, mas de alguma forma conseguem entrar e usufruir a estrutura da São Silvestre. Há vários casos de irregularidades em edições anteriores e a organização está empenhada em reduzir as estatísticas nesta edição. Os ficais estarão ligados. Já os amigos e familiares deverão encontrar algum local durante o percurso para acompanhar a prova dos atletas.
FESTA DOS CORREDORES
A São Silvestre é uma festa esportiva. Poucos são os corredores que vão em busca de disputa e recordes pessoais. Eles invadem a avenida Paulista com as fantasias mais inusitadas da época, além de adereços que remetem aos respectivos estados. A multidão é tão expressiva que é necessário alguns quilômetros para os atletas se dispersarem e começarem a corres.
No último dia do ano, a proposta é se divertir. “Corro há quatro anos e essa é minha primeira São Silvestre. Eu resolvi vir porque pessoas queridas me incentivaram e finalmente venho realizar um sonho. Amanhã (hoje), a ideia é confraternizar com atletas de todo o Brasil”, comentou o pernambucano Walter Prata, que levou a família para participar da aventura.
ELITE FORTE
Quem não quer saber de distração é o pelotão da elite. Por conta da tradição e fama, a São Silvestre atrai muitos investidores e eleva o nível da prova para os profissionais. Os vencedores (no feminino e no masculino) levam para casa quase R$ 100 mil.
Entre os brasileiros, a aposta fica por conta de Wellington Bezerra, vice-campeonato da Maratona de São Paulo deste ano. Ele destacou que a prova é difícil e o desafio é acompanhar os estrangeiros, que chegam como favoritos. “Mas vou fazer o possível para brigar pelas primeiras posições. Vou fazer uma boa estratégia para lutar na frente”, argumentou.
Ele terá que acompanhar o ritmo forte dos corredores internacionais Dawit Admasu, bicampeão da prova, Paul Kipkemboi, Nicholas Kieter, Edwin Kipsang Rotich e Mosinet Bayih, que também são destaques. Nesse grupo ainda há a presença do pernambucano Ubiratan José dos Santos, considerado o melhor no das longas distâncias no estado.
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No feminino, Andréia Hassel é um dos principais nomes nacional. Ela argumentou que a São Silvestre é um evento grandioso. “Acho que todo brasileiro a esperança de subir no pódio é muito grande. Estamos trabalhando para que isso aconteça sabendo que as estrangeiras são muito fortes, mas nós também somos fortes”, comentou a atleta, que foi a campeão da Maratona de São Paulo de 2018.