François Hollande aterrissou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, com "a vontade de apoiar a candidatura de Paris para sediar os jogos em 2024".
"É um desafio considerável para a França", disse o chefe de Estado aos pés de seu avião com o logotipo da candidatura da capital francesa, Paris-2024.
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"É a França que, através de Paris, é candidata e é meu dever estar aqui, no Rio, para encontrar o maior número de representantes do movimento olímpico e convencê-los de que Paris é a melhor escolha e a França, o melhor destino", insistiu.
Seu "segundo objetivo", continuou ele, "é apoiar os atletas franceses" que ele espera estar "a altura da esperança que lhes foi confiada" na França, que "necessita de momentos de unidade, de comunhão".
Mas para François Hollande, a "última razão que justifica (sua) presença" e que é "mais essencial", é "o espírito olímpico, a fraternidade, a partilha, a liberdade, a tolerância, o esforço" em um "espírito de união mundial".
"É muito importante, num momento em que atos bárbaros ocorrem", argumentou, defendendo-se de querer "usar as circunstâncias que conhecemos para defender a candidatura de Paris".
Questionado sobre a segurança dos Jogos Olímpicos de 2024, caso Paris seja escolhida, o presidente espera salientar que com a Eurocopa de 2016, o Tour de France ou a COP21, a França mostrou ser "capaz de organizar grandes eventos esportivos ou políticos na maior segurança".
O avião presidencial aterrissou pouco depois das 6h30 no Aeroporto do Galeão.
No Rio, Hollande se juntou à prefeita da capital francesa Anne Hidalgo, na cidade olímpica há vários dias.
O chefe de Estado, grande fã de esportes, enviou nos últimos dias uma carta pessoal a cada um dos 396 atletas franceses envolvidos na competição.
Para apoiar o projeto parisiense para 2024, François Hollande já havia visitado, em Lausanne, o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Nesta quinta-feira ele deve almoçar com a delegação francesa na Vila Olímpica, antes de participar de um jantar oficial oferecido pelo presidente do COI, Thomas Bach.
Sexta-feira de manhã, fará uma coletiva de imprensa conjunta com o comitê de candidatura Paris-2024, antes de assistir à cerimônia de abertura da competição e retornar à França.
Os adversários de Paris também estão mobilizados. Roma recebeu na quarta-feira o apoio do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, Budapeste o apoio do premiê Viktor Orban e do presidente Janos Ader. Los Angeles, considerada favorita com Paris, recebeu o apoio do secretário de Estado americano John Kerry, que representará Barack Obama na cerimônia de abertura.