A pira olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, marco que encerra a cerimônia de abertura da Rio 2016, foi acesa pelo maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, medalhista de bronze em Atenas-2004 e reverenciado pelo exemplo de superação que mostrou ao continuar correndo depois de ser empurrado por um espectador quando estava liderando a prova.
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O último revezamento da tocha teve Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e ovacionado aos gritos de "Guga" quando entrou no estádio (sem conter as lágrimas), e Hortência, medalhista de prata nos Jogos de Atlanta-1996, que caminhou por cerca de trinta metros para entregá-la a Vanderlei.
Uma vez acesa, a pira subiu devagar, para chegar à altura de uma estrutura formada por dezenas de bolas rodando, criando um belo efeito visual.
Por incarnar o espírito olímpico, comemorando como ouro o bronze conquistado em Atenas apesar de ser derrubado por um desequilibrado, o ex-padre Cornelius Horan, Vanderlei, hoje com 47 anos, recebeu em dezembro de 2004 a medalha Pierre de Coubertin, a maior condecoração concedida pelo Comitê Olímpico Internacional.
Pelé chegou a ser cotado para acender a pira, mas o 'Rei' rejeitou o convite por conta de problemas de saúde.
"Queridos amigos, só Deus é mais importante que minha saúde! (...) Neste momento, não estou em condições físicas de participar da abertura da Olimpíada. E, como brasileiro, peço a Deus que abençoe a todos", declarou o eterno camisa 10 em nota divulgada horas antes da cerimônia de abertura.
Vanderlei Cordeiro de Lima. Merecido demais! #Rio2016 #CerimoniaDeAbertura https://t.co/PD8HmU3Y6K
— Goleada Info (@goleada_info) 6 de agosto de 2016