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Joanna Maranhão desabafa sobre preconceito nas redes sociais

Nadadora pernambucana nadou três provas nos Jogos Olímpicos. Na terça-feira, ela aproveitou o momento para comentar que não aguenta preconceito

Gabriela Máxima
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Gabriela Máxima
Publicado em 09/08/2016 às 15:24
AFP
Nadadora pernambucana nadou três provas nos Jogos Olímpicos. Na terça-feira, ela aproveitou o momento para comentar que não aguenta preconceito - FOTO: AFP
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Após a disputa dos 200m borboleta, no início da tarde desta terça-feira, a pernambucana Joanna Maranhão concedeu entrevista ao SporTV e desabafou sobre os comentários nas suas redes sociais. A nadadora foi alvo de preconceito e críticas negativas sobre seus resultados nos Jogos Olímpicos desde sua primeira participação na piscina do Estádio Aquático Olímpico, no último sábado. 

Na ocasião, Joanna nadou os 400m medley com o tempo de 4min38seg. Essa é a terceira vez em um ano que a pernambucana consegue concluir a prova abaixo dos 4min49seg. O resultado a deixou bastante satisfeita e ela quebrou a promessa de ficar longe das redes sociais para agradecer o carinho que  recebeu no último sábado. Em resposta, a pernambucana recebeu muitas críticas sobre seu passado, seu posicionamento político e também sobre os resultados nos Jogos - embora tenha ficado feliz com a marca, ela não se classificou para a final.

Na entrevista, Joanna foi direta e falou que não admite quando falam com ela em tom preconceituoso.

"Nem todo mundo entende o nível de competitividade que é isso aqui (Jogos Olímpicos). Isso é até compreensível. Mas desejar que eu seja estuprada, que minha mãe morra, que um bandido me mate, que eu me afogue. Falar que a história da minha infância foi inventada para eu estar na mídia. Acho que isso ultrapassa. As pessoas se sentem seguras por estarem atrás de um computador. Aguentei por muito tempo, porque eu falo sobre muitas coisas que a maioria dos outros atletas não fala. Eu aguento porrada, mas tem um certo limite. Quando passa para a história da minha infância ou pelo fato de eu ser do Nordeste. Eu acho que todos os atletas do Brasil merecem respeito. Não sei quantos atletas estão na nossa delegação. Mas o dobrou ou o triplo estavam brigando por um vaga. Então todo mundo que está aqui tem seu mérito", falou ao SporTV.

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