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Brasil tem dia histórico na ginástica e sobe no quadro total de medalhas

País subiu da 25ª para a 16ª posição no quadro de medalhas

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Publicado em 14/08/2016 às 22:03
Foto: Ben Stansall/ AFP
País subiu da 25ª para a 16ª posição no quadro de medalhas - FOTO: Foto: Ben Stansall/ AFP
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Com a prata de Diego Hypolito e o bronze de Arthur Nory no solo, a ginástica ganhou em apenas uma prova a metade do total de medalhas conquistadas pelo Brasil nos primeiros oito dias de competição, que passou de quatro para seis.

A façanha fez o país subir da 25ª para a 16ª posição no quadro de medalhas, se levar em conta o total de pódios, e não apenas os ouros, critério geralmente utilizado.

Ainda está longe da meta do top-10, meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), mas a torna mais viável.

Na verdade, o Brasil já garantiu a sétima medalha desde sexta-feira, com o boxeador Robson Conceição, mas ainda resta saber a cor. Com a vitória na semifinal deste domingo, já se sabe que será de prata ou de ouro. A decisão está marcada.

Outra duas medalhas poderiam ter sido garantidas nos ringues, mas Robenílson de Jesus e Michel Borges caíram nas quartas de final.

Quem ficou mais perto do pódio foi a dupla de vôlei de praia Larissa e Talita, que fez um jogo duríssimo com Nadine Zumkher e Joana Heidrich, país que não possui praia, por não ter acesso ao mar, mas tem pelo menos duas grandes jogadores de vôlei

- A FAÇANHA

A dobradinha de Hypolito e Nory levantou o moral do time Brasil. Além do feito histórico, para uma modalidade que antes tinha rendido apenas uma medalha ao país, o ouro de Arthur Zanetti na argolas em Londres-2012. A façanha também veio com uma história de superação, a redenção de Hypolito depois das desilusões de Pequim-2008 e Londres-2012. Para Nory, o pódio foi totalmente inesperado, surpresa grata para o jovem de 22 anos, promessa que virou realidade. É apenas a quarta vez na história que brasileiros ganham duas medalhas na mesma prova, sendo que as outras três foram no vôlei de praia.

- A DECEPÇÃO

Na maratona feminina, disputada sob forte calor, as brasileiras chegaram longe da vencedora, a queniana Jemina Sumgong. Adriana Aparecida da Silva terminou na 69ª colocação, Marily dos Santos chegou em 78ª e Graciete Santana em 128ª. Mas a maior decepção para o atletismo brasileiro é o fato de que a noite de competição mais aguardada da modalidade, com a disputa dos 100 m rasos masculinos, haverá apenas um atleta do país competindo, Talles Silva, na fase classificatória do salto em altura. De verde e amarelo na pista, só as cores da Jamaica de Usain Bolt, que tentará o tricampeonato na prova.

- AS FRASES

"Já caí de bunda, já caí de cara. Aqui eu caí de pé", declarou Diego Hypolito, ao recordar as decepções nas Olimpíadas anteriores.

"Eu disse para Talita o tempo inteiro que a gente ia conseguir, que o jogo não ia terminar assim e que juntas a gente era mais forte", relatou Larissa, depois do jogo dramático contra a dupla Suíça.

"Os cubanos acham que vão ganhar do Brasil sempre, mas não vão", avisou Mateus Alves, treinador da seleção brasileira de boxe, depois da vitória de Robson Conceição sobre o cubano Lazaro Alvarez, tricampeão mundial.

- A história

Neste domingo de dia dos pais, Robson Conceição ganhou um presente e tanto: a vaga na final olímpica dos pesos ligeiros. A medalha, porém, não será para ele, mas para sua filhinha Sofia, que completará dois anos na próxima sexta-feira. "Minha filha mudou minha forma de encarar a vida. Hoje eu luto por ela, treino por ela. Tudo que faço, até minha respiração é por ela, ela é o amor da minha vida. Essa medalha olímpica era uma promessa minha que fiz a ela, como presente de aniversário", anunciou o baiano, que também fez questão de dedicar sua vitória a todos os pais de família.

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