A juíza Keyla Blank, do Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos do Rio de Janeiro, determinou nesta quarta-feira (17) a apreensão dos passaportes dos nadadores olímpicos norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Os dois registraram uma ocorrência de roubo na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) da Polícia Civil.
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No entanto, os policiais civis detectaram contradições nos depoimentos dados pelos dois atletas, que disseram ter sido assaltados depois de saírem de uma festa na Casa da França, na Lagoa.
A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com a Polícia Federal para saber informações sobre o cumprimento da decisão judicial. Segundo notícias divulgadas pela imprensa, Ryan Lochte já deixou o Brasil, antes de ter seu passaporte apreendido.
O Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Contradições
Segundo a juíza, o atleta Ryan Steve Lochte afirmou, em depoimento, que os esportistas teriam sido abordados por um assaltante, que exigiu a entrega de todo o dinheiro (400 dólares). Já em outro depoimento, o nadador James Ernst Feigen contou que os atletas foram surpreendidos por alguns assaltantes, mas que apenas um deles estava armado.
Outra possível contradição apontada pela juíza é sobre o comportamento das anunciadas vítimas na chegada à Vila Olímpica, no início da manhã de segunda-feira. “Percebe-se que as supostas vítimas chegaram com suas integridades físicas e psicológicas inabaladas, fazendo, inclusive, brincadeiras uns com os outros”, afirmou a juíza, em nota divulgada à imprensa.