A Secretaria de Defesa Social (SDS) pretende responsabilizar o Santa Cruz Futebol Clube pela morte do torcedor Paulo Ricardo da Silva, 25 anos, atingido por uma privada jogada da arquibancada do Arruda, após a partida Santa 1 x 1 Paraná, pela Série B do Brasileirão, na noite de sexta (2). "O que houve foi uma negligência do Santa Cruz. A Polícia Militar não tem obrigação de cuidar do banheiro do clube", criticou o titular da SDS, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos.
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O Estatuto do Torcedor estabelece que os estádios tenham câmeras, mas o Santa Cruz, segundo o secretário, não tem. Por isso, a polícia ainda não identificou o ou os suspeitos. Na verdade, não foi apenas um, mas dois vasos sanitários que foram arremessados do alto da arquibancada, depois que a torcida do time visitante, calculada em cerca de 50 pessoas, ter sido liberada para sair do estádio, por volta das 23h10 da noite. Havia 228 PMs de serviço no jogo, sendo 109 do Batalhão de Choque. Cerca de 8 mil pessoas acompanharam a partida, número considerado abaixo da média.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Eduardo Casa Nova, chegou a sugerir que se utilizasse no Arruda uma solução semelhante à que se ocorre em alguns presídios. Em vez de vazos sanitários, seriam usadas estruturas de concreto, para evitar incidentes. Segundo ele, não foi a primeira vez que foram lançados vasos sanitários da arquibancada, só que anteriormente não foram registradas vítimas.