O estádio José do Rego Maciel deve ir a leilão no dia 7 do próximo mês para saldar dívida trabalhista do Santa Cruz. A ação que determinou a venda do campo onde a equipe coral manda seus jogos foi movida em nome do espólio de Carlos Cezar Machado Batista, conhecido como Cezar Baiano. O ex-jogador atuou pelo Santa em 2007 e morreu em 2013, vítima de um infarto fulminante enquanto jogava uma "pelada" na Bahia.
O estádio tricolor está avaliado em R$ 220 milhões, enquanto a dívida com o Cezar Baiano é de R$ 200 mil. O lance mínimo para a arrematação do Arruda é de R$ 130 milhões. Na última quinta-feira (20), inclusive, algumas pessoas que trabalham no tricolor pernambucano fizeram uma paralisação porque não estão recebendo salários. A greve foi reconhecida pela diretoria do clube e qualificada como justa.
Para tentar impedir o leilão do estádio, o conselheiro do Santa Cruz desembargador Bartolomeu Bueno pretende entrar com um embargo de terceiro.“Eu como sócio, conselheiro e proprietário de um camarote vou entrar com esse embargo para ver se evito esse leilão. E espero que a direção (do Santa Cruz) também tome alguma providência de natureza judicial”, declarou.
IMPEDIMENTO
Segundo Bartolomeu Bueno, a pessoa/empresa que adquirir o Arruda não vai poder utilizar o terreno, já que a área foi uma doação do município do Recife para o clube. “Aquele terreno foi doado ao Santa Cruz, com finalidade específica para uso na prática esportiva e social. Se for destinado para qualquer outra coisa, a doação será revogada e o terreno volta a pertencer ao município do Recife. De modo que quem adquirir o estádio, seja por arrematação ou compra, não vai poder fazer uso. Vai derrubá-lo e levar somente metralha, porque o terreno pertence ao município”, afirmou.
Em entrevista ao Blog do Torcedor, porém, o presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes se mostrou muito tranquilo sobre o assunto. Ele assegurou que o Arruda não vai a leilão porque o clube irá parcelar a dívida. "Vamos fazer o parcelamento e pagar. Não é o primeiro leilão que ocorre. A legislação, contudo, nos dá a possibilidade de evitá-lo. Não há chances de o estádio ser leiloado por uma dívida de menos de R$ 300 mil", garantiu.
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