2017

"Depende do planejamento", diz Grafite sobre permanência no Santa Cruz

Atacante falou também sobre o presente difícil do Santa e do seu futuro após aposentadoria

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 15/11/2016 às 7:35
Diego Nigro/JC Imagem
Atacante falou também sobre o presente difícil do Santa e do seu futuro após aposentadoria - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Neste final do ano, Grafite tem participado de poucas coletivas. Quando vai, porém, o atacante do Santa Cruz nunca decepciona. Na última segunda (14), o goleador falou sobre tudo: do difícil momento do Tricolor do Arruda, com o drama dos funcionários e a queda iminente na Série A, e no futuro após aposentadoria, como dirigente. 

BAIXAR SALÁRIO

Concordo até pela situação atual do clube. Não adianta manter a maioria dos jogadores com a folha da Primeira Divisão. É normal essa readequação para o próximo ano. Não fui procurado ainda, mas tudo que for feito pelo bem do clube é válido. Cabe aos jogadores tentar se adequar a nova realidade do clube.

FICA OU SAI?

Falei que ia voltar pro Santa Cruz e era bem provável que encerrasse minha carreira aqui. Sempre deixei claro que nunca vim pelo dinheiro. Meu desejo é de permanecer, mas vai depender do planejamento para o ano que vem. Não quero ficar aqui ocupando espaço de outro jogador. Quero jogar em alto nível e ficar num lugar onde sou bem tratado e que me queiram.

FUNCIONÁRIOS

É muito delicado. Se no vestiário já é difícil, com alguns jogadores que estão em situações muito delicadas, o momento dos funcionários é ainda mais complicado. Alguns deles vem recorrer a mim e a alguns atletas, e a gente procura ajudar da maneira que pode. É duro chegar pra trabalhar e ver os funcionários abatidos e tristes. Eu sei que é difícil pra direção do clube, mas sempre procurei dizer que a folha dos funcionários é muito mais importante que a nossa. São pessoas que precisam mais.

DRAMA

Já passei por algumas situações delicadas, no próprio Santa Cruz (2001) e no Grêmio, em 2002. Mas, como essa, nunca passei na vida. Eu sei que os funcionários estão vivendo momentos muito difíceis.

COBRANÇA

Ontem (no último domingo, 13) mesmo o presidente esteve aqui e explicou a realidade do clube. Disse que está fazendo todo o esforço possível e que trabalha 24 horas por dia pensando como vai resolver essa situação. A gente cobra, principalmente pela situação dos funcionários, mas confia na palavra de Alírio (Moraes). Acreditamos que ele está fazendo o melhor para o clube.

DIRIGENTE?

Já estou pensando sobre isso. (Depois que me aposentar) vou continuar no meio do futebol. Algumas pessoas falam que tenho perfil de treinador, mas não iria conseguir lidar com 28 jogadores no vestiário. É difícil. Quem sabe não posso continuar ajudando o clube na administração, como gerente ou diretor de futebol. Primeiro, preciso me capacitar para isso.

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