Zagueiro do Santa Cruz, Danny Morais foi mais sério do que de costume na coletiva desta quarta (30). Educado, perguntou se todo mundo estava bem, mas sempre com a voz baixa e o olhar distante, como se estivesse ali só fisicamente. Essa tristeza tem explicação: o defensor atuou em 2014 pela Chapecoense, que na última terça (29) foi vítima de um desastre de avião na Colômbia, que tirou a vida de 45 membros da delegação do clube catarinense.
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“Qualquer coisa que eu falar não vai fazer muito sentido. Não vai mudar nada. Joguei lá em 2014 e conhecia do roupeiro ao presidente, que estavam na voo, assim como a maioria dos jogadores, alguns bem próximos. É um sentimento muito ruim. Acho que não tem nem como descrever. Nesse momento, o que a gente pode fazer como colega de profissão e ser humano é dar apoio aos familiares”, afirmou o zagueiro coral.
A CIDADE
Segundo Danny Morais, Chapecó sempre abraçou a Chapecoense, e a tragédia abalou não só o clube, mas a cidade inteira. “É uma cidade que vive em prol do futebol, com o comércio e as empresas vivendo pelo esporte. Chapecó realmente sofreu um abalo. Não foram só pessoas ligadas ao futebol que morreram, tem muitos empresários que eu conhecia. É uma situação complicada”, ressaltou.
“Eu acho que qualquer tipo de solidariedade, homenagem ou qualquer outro tipo de coisa tem que ser feito, mas não diminui em nada a dor. Um sentimento de que não caiu a ficha ainda. Me veem imagens das pessoas e a gente não consegue acreditar”, finalizou.