Tricolor

No Santa Cruz, clube e torcida tentam convergir em reforma do estatuto

Alguns pontos tem causado divergência entre comissão e o movimento, mas os debates continuam

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 02/10/2019 às 17:39
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IPC busca reforma do estatuto do Santa Cruz. Foto: Divulgação - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Se dentro das quatro linhas há pouca movimentação nas Repúblicas Independentes do Arruda, fora delas acontece o inverso. O Intervenção Popular Coral, movimento criado por torcedores do Santa Cruz em busca de reformar o estatuto do clube, tem dialogado com o Conselho Deliberativo da Cobra Coral e vários pontos têm sido debatidos nesse processo. Na última segunda-feira, a Comissão Especial formada no Tricolor apresentou seus pontos de mudança no regimento interno. Alguns deles coincidentes com o proposto pelo grupo de aficionados, mas ainda não se chegou a um denominador comum nesta questão.

“Tem algumas situações que estão ausentes. Ainda estou analisando o estatuto, mas não falou de presidente e diretores remunerados. A gente acha que a solução de estender o voto à todas as categorias por si só não é suficiente. Tem que se estabelecer uma rotina de publicação de lista de sócios, facilitação de voto aos sócios do interior”, afirmou o advogado Jhonny Guimarães, um dos integrantes do Intervenção Popular Coral. 

De acordo com o que tem sido apresentado pelo movimento, eles têm mirado uma maior participação do torcedor nas decisões do Santa Cruz. “O que a gente defende e não abre mão é da democratização do clube. para o que a gente quer estabelecer que qualquer decisão, seja de transformar o Santa Cruz em clube empresa ou manter em associação, ou de reformulação do estatuto, seja feito com participação ativa da torcida”, acrescentou o advogado.

DIVERGÊNCIAS

Entre as mudanças apresentados pela Comissão Especial e as requeridas pelo Intervenção Popular Coral, algumas tem apresentado convergência. Por exemplo, a abertura para que todas as categorias de sócio do Mais Querido possam votar nas eleições executivas do clube. Porém, nem todas essas ideias são iguais mas o debate tem sido saudável e o canal de diálogo segue mantido.

"O clube apresentou uma redução no quórum que é exigido hoje para criar uma sociedade empresária. No estatuto hoje, é necessário dois terços dos conselheiros para se aprovar a criação de uma sociedade empresária no Santa Cruz, e o clube pretende reduzir para um terço. Pelo menos em um primeiro momento, a gente vai ouvir as justificativas do clube, mas a gente não concorda que uma decisão dessa natureza seja tomada pela minoria do Conselho Deliberativo. Então tem alguns pontos que a gente discorda, mas eles estão se mostrando abertos ao diálogo", concluiu Jhonny Guimarães.

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