SANTA CRUZ

Em meio a debate por reforma do Estatuto, Santa Cruz planeja dobrar número de sócios

Torcedores cobram maior representatividade, como o direito a voto para todas as categorias 

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 26/12/2019 às 7:55
Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
Torcedores cobram maior representatividade, como o direito a voto para todas as categorias  - FOTO: Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
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A temporada 2020 será de grandes desafios para o Santa Cruz. Dentro de campo, como principal objetivo, o clube tentará pelo terceiro ano consecutivo o acesso de volta à Segunda Divisão, sendo o único entre os sete maiores clubes do Nordeste na Série C. E não tão longe dos gramados assim, os debates pela reforma do Estatuto, na busca por atualizar o modelo de gestão do clube ao contexto atual dos negócios no futebol brasileiro.

Desafios que podem se tornar menos complicados com o clube atuando em parceria com a torcida. O apoio das arquibancadas, inclusive, já foi substancial em 2019 e pode representar ainda mais no próximo ano. Na virada da última temporada, o clube contava apenas com cerca de 1,8 mil associados, enquanto para 2020 a projeção gira em torno de 4 mil, mais do que o dobro.

Números que refletem um acréscimo na folha de pagamento para o início do ano, girando em torno de R$ 300 mil para o elenco e R$ 150 mil para a comissão técnica, e podem dobrar, caso haja um engajamento da torcida com o novo plano de sócios, que deve ser anunciado nos próximos dias com a meta ultrapassar o dobro da quantidade de associados ao longo da temporada.

“Nós contamos com novos sócios. Tivemos no ano passado uma receita muito boa, apesar da ausência de resultados no futebol. Para 2020, mantivemos o mesmo nível de receita de 2019 mas precisamos incrementar, o que será uma ponte importante para o orçamento das demais áreas do clube, principalmente do futebol”, aponta o diretor Fred Dias, antes de projetar.

“O clube precisa do sócio, que hoje é o maior patrocinador do Santa Cruz. Um valor que representa quase metade da folha. Um número que se a gente mantiver dará para fazer um bom trabalho, mas precisamos incrementar. Se conseguirmos uma média de 8 a 9 mil sócios adimplentes, com cerca 17 mil contando os dependentes, a gente paga a folha do futebol sem depender de outros recursos e ainda sobra”, completa

QUEIXAS DA TORCIDA

Com o adiamento da reunião sobre as discussões pela reforma do Estatuto do Santa Cruz no Conselho Deliberativo para a segunda metade de janeiro, o debate diminuiu em intensidade mas não encerrou. A grande maioria dos torcedores cobram maior participação no clube, inclusive com direito a voto para todas as categorias. Esse é um dos pontos que o poder Executivo do clube monitora, assim como falhas na execução de ações apresentadas em 2019, como o atraso na entrega de camisas aos associados. Situações que o clube tenta contornar e minimizar erros para continuar atraindo sócios..

“Teremos algumas mudanças na distribuição de brindes. Tivemos algumas falhas e o torcedor, com razão, fez a sua reclamação. Mudamos isso para melhorar o atendimento. Sabemos das dificuldades, dos anseios e das desconfianças de cada um, mas precisamos entender que nesse momento o clube está acima de tudo isso”, argumenta Fred Dias, antes de apontar vantagens que o clube oferece aos sócios.

“Uma delas é participar da vida do clube e já em 2019 tivemos bons produtos ligados ao sócio-torcedor, como desconto em farmácias, universidades, postos de gasolina, academia, e curso de inglês. Há uma rede de benefícios, além de não pagar ingressos durante o ano todo, seja em que competição for, e ainda alguns brindes. O torcedor também é necessário fora de campo para o clube crescer”, reforça.

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