Organizadas

Torcida Jovem se cala quanto à denúncia do MPPE

Nove membros da organizadas foram acusados por formação de quadrilha

ALEXANDRE ARDITTI
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ALEXANDRE ARDITTI
Publicado em 22/12/2015 às 19:19
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Nove membros da organizadas foram acusados por formação de quadrilha - FOTO: JC Imagem
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A Torcida Jovem do Sport não se pronunciou, nesta terça-feira (22), sobre a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) à Justiça contra nove de seus membros, incluindo o presidente, Henrique Marques Ferreira. Todos são acusados de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), que prevê pena de um a três anos de prisão. Em compensação, a uniformizada usou a sua página na rede social Facebook para apresentar uma nova camisa, que faz alusão à briga entre integrantes da facção e da Galoucura, a principal organizada do Atlético-MG, no dia 18 de outubro, em frente ao Imip, nos Coelhos, na área central do Recife. Ironicamente, foi esse o caso que deu origem ao inquérito policial da Operação Arquibancada, que resultou na ação do MPPE.

Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio, o presidente da Jovem disse que havia tomado conhecimento da denúncia do MPPE pela imprensa e que havia sido orientado pelo advogado da torcida a não conceder entrevistas. “Na hora certa, irei falar e dar os meus esclarecimentos”, afirmou Henrique Marques Ferreira, apontado pelo Ministério Público de Pernambuco como o “cabeça” da organização criminosa. “Ressalte-se que o presidente da Jovem do Sport tem envolvimentos reiterados em crimes de intolerância esportiva”, diz um dos trechos da denúncia do promotor do MPPE Marcos Carvalho à Justiça.

Na segunda-feira, o MPPE denunciou nove membros da Jovem por associação criminosa. Seis deles ainda vão responder por roubo e promoção de tumulto. O caso foi encaminhado à 9ª Vara Civil Criminal. Essa é a primeira vez no Nordeste que torcedores de uniformizadas vão parar no banco dos réus acusados por formação de quadrilha.

Todos vão responder em liberdade. A denúncia do MPPE é baseada no único inquérito concluído até agora pela Operação Arquibancada, deflagrada pela Polícia Civil em 28 de outubro com a finalidade de combater crimes cometidos por membros de organizadas no Estado. Sobre as outras investigações em curso, algumas devem ser concluídas na semana que vem. De acordo com o promotor Marcos Carvalho, a expectativa é ter elementos suficientes para denunciar os membros das organizadas no crime de formação de quadrilha.

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