Gols e lances emblemáticos, dribles desconcertantes, vitórias e títulos marcantes. Todo esse gigantismo em campo contrastava com uma timidez fora das quatro linhas. Esse era Leonardo, ex-atacante que marcou época com a camisa do Sport na década de 1990 e anos 2000.
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Ídolo de uma geração, o eterno camisa sete do Leão descansou. De forma precoce, aos 41 anos, depois de quase um mês de angústia, o ex-atacante faleceu nesta terça (1º/3), às 15h15, após ser diagnosticado com neurocisticercose e sofrer uma série de complicações clínicas que culminaram na falência múltipla dos órgãos.
Terceiro maior artilheiro do rubro-negro, com 136 gols, Leonardo conquistou cinco estaduais e duas Copas do Nordeste. Fora campanhas e jogos memoráveis, como o vice-campeonato da Copa dos Campeões em 2000, o quinto lugar na Copa João Havelange de 2000 e o sétimo lugar no Campeonato Brasileiro de 1998.
Antes, no Brasileirão de 1994, no time em que dividia o brilho com garotos como Juninho Pernambucano, Chiquinho, Sandro, Adriano e Dario, foi protagonista de jogos que vão ficar marcados para sempre da história do clube. Como esquecer aquele 5x2 no São Paulo bicampeão mundial de Telê Santana? E os mesmos 5x2 no Botafogo, no Rio de Janeiro? Jogos que ajudaram a eternizar Leonardo na galeria dos maiores jogadores do Leão da Ilha.
A gente sabe que o atacante Leonardo, do Sport Club do Recife, teve vários grandes momentos em sua brilhante carreira, mas nós, do Jornal do Commercio, selecionamos alguns lances para homenageá-lo. Obrigado por tudo, Leo#LeonardoEterno
Publicado por Jornal do Commercio em Terça, 1 de março de 2016
Natural de Picos, no Piauí, Leonardo chegou ao Recife ainda garoto, em 1992, com 18 anos. Na época, o então presidente Wanderson Lacerda e o diretor Fred Domingos ficaram impressionados com o futebol do jogador durante a partida entre Picos e Fluminense, pela Copa do Brasil.
“A gente discutiu a vinda dele e chegamos a conclusão que o atleta seria importante para o clube. Quando fomos atrás para fechar um acordo, descobrimos que o Santa Cruz também estava interessado e, inclusive, estava com viagem marcada para resolver a situação. Se não tomássemos uma atitude perderíamos o jogador”, revelou Fred, que conseguiu negociar a vinda do atacante na frente do Tricolor do Arruda.
No início de sua trajetória no futebol profissional, o menino Leonardo, que tinha origem de uma família humilde, era tímido e de poucas palavras. “Eu tinha Leonardo como filho. Para ele, não tinha notícia ruim, tudo era motivo de risada”, rememorou Fred.
Além do Sport, Leonardo defendeu Santa Cruz, Central e Salgueiro, além de vários clubes do Brasil. O corpo do ex-jogador está sendo velado na sede do Sport, e será enterrado no cemitério Memorial Guararapes, em Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes.